Olá, meu nome é Gabriel Görski da Rocha, tenho 25 anos e
estou sem fumar a 5 minutos. Obrigado.
Agora que a gente já se conhece um pouco eu tenho que
escrever aqui o meu ponto de vista do processo do espetáculo Umbigo.
Primeiramente, já me desculpando, é muito difícil pra mim me expressar
escrevendo, geralmente o meu vocabulário diário é composto de 10 palavras que
usadas com entonações diferentes dão conta de todas as situações cotidianas,
mas enfim, vou tentar...
Como músico, já participei de alguns espetáculos de teatro,
mas o Umbigo é o primeiro que eu estou participando de todo o processo de criação.
Nos outros trabalhos com teatro, sempre fui convidado no final do processo para
executar uma parte musical que já tinha sido ou estava sendo criada por outras
pessoas. Esse foi um dos primeiros desafios, o trabalho de composição e
concepção musical do espetáculo. No meu trabalho musical, sempre foquei na
execução, interpretação e improvisação, mesmo quando envolvia composição, era
baseada em uma coisa que já existia. O Baiano, por outro lado, já é acostumado
a trabalhar com composição, então acho que nosso trabalho foi se complementando
com o tempo, até chegar um ponto em que a gente sentava pra compor uma música e
ela vinha do inicio ao fim. Essa experiência de criação musical e de como
relacionar os momentos musicais com os cênicos, esta sendo um grande
aprendizado para mim.
O segundo desafio, talvez o primeiro em nível de
dificuldade, é o fato dos músicos estarem em cena. O primeiro ensaio que a
Carol falou, “vamo lá, caminhando pelo espaço”, eu pensei, “como assim?! Eu não
vou ficar ali sentadinho tocando meu instrumento?” Foi muito difícil conseguir
me soltar o mínimo só para poder participar dos jogos e exercícios de atuação,
e só de ter conseguido o mínimo, eu sinto que foi uma experiência muito boa
para o meu crescimento pessoal. Acredito que se expor sem ter medo de ser
ridículo seja uma das coisas mais difíceis pra nós que vivemos em um mundo de
imagens e aparências.
Como já falei em uma reunião, uma das coisas que eu admiro
nas pessoas do Grupo Trilho, é que todo mundo “trabalha e não se mixa”. Essa
experiência de trabalho que não envolve somente a parte artística é uma coisa
que eu tenho aprendido muito com as pessoas do grupo e que eu procuro levar
como experiência profissional pra mim e para os outros grupos que eu trabalho.
Talvez eu tivesse mais coisas pra falar, mas como eu já to
escrevendo nos 45 do segundo tempo e o Fábio já veio me cobrar o texto pelo
facebook, vou mandar assim mesmo.
Até mais !
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