segunda-feira, 19 de maio de 2014

Meu Umbigo - por Gabriel Gorski

Olá, meu nome é Gabriel Görski da Rocha, tenho 25 anos e estou sem fumar a 5 minutos. Obrigado.

Agora que a gente já se conhece um pouco eu tenho que escrever aqui o meu ponto de vista do processo do espetáculo Umbigo. Primeiramente, já me desculpando, é muito difícil pra mim me expressar escrevendo, geralmente o meu vocabulário diário é composto de 10 palavras que usadas com entonações diferentes dão conta de todas as situações cotidianas, mas enfim, vou tentar...

Como músico, já participei de alguns espetáculos de teatro, mas o Umbigo é o primeiro que eu estou participando de todo o processo de criação. Nos outros trabalhos com teatro, sempre fui convidado no final do processo para executar uma parte musical que já tinha sido ou estava sendo criada por outras pessoas. Esse foi um dos primeiros desafios, o trabalho de composição e concepção musical do espetáculo. No meu trabalho musical, sempre foquei na execução, interpretação e improvisação, mesmo quando envolvia composição, era baseada em uma coisa que já existia. O Baiano, por outro lado, já é acostumado a trabalhar com composição, então acho que nosso trabalho foi se complementando com o tempo, até chegar um ponto em que a gente sentava pra compor uma música e ela vinha do inicio ao fim. Essa experiência de criação musical e de como relacionar os momentos musicais com os cênicos, esta sendo um grande aprendizado para mim.



O segundo desafio, talvez o primeiro em nível de dificuldade, é o fato dos músicos estarem em cena. O primeiro ensaio que a Carol falou, “vamo lá, caminhando pelo espaço”, eu pensei, “como assim?! Eu não vou ficar ali sentadinho tocando meu instrumento?” Foi muito difícil conseguir me soltar o mínimo só para poder participar dos jogos e exercícios de atuação, e só de ter conseguido o mínimo, eu sinto que foi uma experiência muito boa para o meu crescimento pessoal. Acredito que se expor sem ter medo de ser ridículo seja uma das coisas mais difíceis pra nós que vivemos em um mundo de imagens e aparências.

Como já falei em uma reunião, uma das coisas que eu admiro nas pessoas do Grupo Trilho, é que todo mundo “trabalha e não se mixa”. Essa experiência de trabalho que não envolve somente a parte artística é uma coisa que eu tenho aprendido muito com as pessoas do grupo e que eu procuro levar como experiência profissional pra mim e para os outros grupos que eu trabalho.

Talvez eu tivesse mais coisas pra falar, mas como eu já to escrevendo nos 45 do segundo tempo e o Fábio já veio me cobrar o texto pelo facebook, vou mandar assim mesmo.
Até mais !

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...