segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Que venha 2013!

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2012 foi um ano em que levamos o nosso espetáculo "O Baú - Lembranças & Brincanças" por várias cidades do Rio Grande do Sul e também ao Rio de Janeiro no projeto "Dulcina Abraça o Sul". Por cada lugar que passamos tivemos sempre uma ótima acolhida e um público caloroso. Queremos agradecer aos nossos amigos, parceiros, familiares e espectadores que tornam possível a continuidade de nosso trabalho, nos impulsionando para trilharmos novos caminhos. No próximo ano, o Grupo Trilho tem novidades, vamos montar nosso primeiro espetáculo de rua. A expectativa é grande diante deste novo desafio. Esperamos poder contar sempre com vocês.



quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O Baú em Canoas

Domingo, dia 18/11, na Casa das Artes Villa Mimosa, em Canoas, vamos apresentar "O Baú - Lembranças & Brincanças". Será as 17 horas, com entrada franca. As senhas serão distribuídas quinta (hoje) e sexta, lá na Casa das Artes, que fica na Av. Guilherme Schell, 6270. Se precisar de mais informações o telefone de lá é 3428-5789.

nov-18 Baú


Pessoal de Canoas e região, não perca esta oportunidade!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O Baú em São Leopoldo

Amanhã apresentaremos o nosso espetáculo infantil "O Baú - Lembranças & Brincanças" em São Leopoldo, dentro da programação do Aldeia Sesc Capilé. Serão duas apresentações, às 09h30min. e outra às 14h30min. 


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O evento ocorre no Sítio Histórico do Museu do Trem (Rua Lindolfo Collor, 40). Pessoal de São Léo e  região não perca essa oportunidade.

Quem quiser informações sobre o evento e a programação completa, acesse https://www.sesc-rs.com.br/sistema/noticia.asp?CdPost=9696

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Estação Ferrinho - 30/10

No quinto dia de programação contamos com a apresentação da contação de história "O Reizinho Mandão" com Drica Lopes as 10 horas. A noite, as 20 horas, teremos "Ao Divagar se Vai Longe e de Bicicleta Mais Ainda", da Cia. Um Pé de Dois.




Foto1120O Reizinho Mandão - Contação de Histórias

O Reizinho Mandão é uma livre adaptação de duas histórias da escritora Ruth Rocha, "Sapo que vira Rei vira sapo" e "O Reizinho Mandão".










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Ao Divagar se Vai Longe e de Bicicleta Mais Ainda

Sinopse


Desde quando eles, incessantemente, pedalavam pelas ruas a procura do lugar perfeito, até o justo momento em que encontram e, diante a todo um público, se dão conta de que não era exatamente bem o lugar o que tanto buscavam!!
Entre malas, malabarismos e acrobacias, quando Camomila e Quindim descobrem sobre tudo o que sempre esteve ali, bem debaixo de seus próprios narizes vermelhos...  
Eles se Amam e Adoram andar de Bicicleta!!


Ficha Técnica:
Atuação: Mariana Ferreira e Mauro Bruzza
Orientação Inicial: Melissa Dornelles
Figurinos: Patrícia Preiss







quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Estação Ferrinho - 29/10

Dia 29/10, quarto dia da programação teremos dois espetáculos. "O Homem Mais Sério do Mundo", espetáculo clown com Daniel Gustavo, as 15 horas e "A História da Tigresa", texto de Dario Fo, da Cia. Destemperados Teatro, as 20 horas. Lembrando que toda a programação tem entrada franca.




IMG_1403O Homem Mais Sério do Mundo

Sinopse


Numa manhã como outra qualquer, O Homem Mais Sério do Mundo acorda e se dá conta de aquele será um dia muito especial. Finalmente, poderá defender sua tese única sobre a evolução do homo sapiens sapiens sapiens elaborada na Harvard Aquédemi ofi the Niu Yorqui Iuniversiti. Enquanto o Homem Mais Sério escuta a propaganda na rádio, interage com o que o mundo publicitário costuma oferecer aos homens contemporâneos: uma casa confortavelmente mobiliada com móveis exóticos e a oportunidade de ingressar na Universidade com a ajuda de um curso preparatório exclusivo. Ansioso por chegar rápido ao seu destino,depois de fazer a barba (e não apenas), pede carona a um passarinho amigo que surge de seu bolso porque, em suas próprias palavras, “um homem sério nunca se atrasa”. Por fim, chega a grande oportunidade de apresentar ao público suas ideias sobre a evolução humana. Diante da urgência em refletir sobre como encaramos as pressões sociais diárias, que exigem posturas e comportamentos muitas vezes padronizados, a montagem busca espelhar na figura do palhaço o homem globalizado. Em mais um dia de trabalho, vestindo terno e gravata, Tigrão encarna a suposta necessidade de ascensão social ao apresentar para o público uma tese acadêmica sobre a evolução da espécie humana. O homem engolido pela máquina que dissolve qualquer singularidade, apagando a origem de sua autenticidade.

Ficha Técnica:

Direção: Melissa Dornelles
Atuação: Daniel Gustavo
Cenário e adereços: Liana Keller
Operação de som: Fabiana Lontra




nov 2010.3 136História da Tigresa

Sinopse

O espetáculo conta a homérica história de um soldado chinês que por motivos alheios se separa de sua tropa. Entregue a própria sorte, ele se vê obrigado a salvar o único fio de vida que lhe resta. Enfrenta tempestades, avalanches de água, escala montanhas, corre por descampados enormes, sobe encostas, até que encontra uma gruta onde pode se abrigar. Entretanto, ali também é a morada de uma tigresa e seus filhotes. Surpreendentemente ele não vira comida de tigres. Ao invés disso começa uma relação nada comum entre um homem e um animal.


Ficha Técnica:

Autor: Dario Fo

Atuação: Anderson Balhero
Direção: Arlete Cunha
Iluminação: Bathista freire
Figurino: Daniel Lion



Estação Ferrinho - 28/10

No terceiro dia teremos a apresentação do espetáculo "Histórias de Circo sem Lona" do Grupo TIA (Teatro Ideia Ação). A apresentação será as 16 horas no Parque Mascarenhas de Moraes - Av. José Aloísio Filho, 570, no Humaitá. Em caso de chuva será transferido para o Ferrinho.



Cópia de foto tiemy 8JPG.Strip mão no peito
Histórias de Circo sem Lona         


Sinopse do espetáculo

O espetáculo “Histórias de Circo sem Lona” mostra as artimanhas de três palhaços “sem eira, nem beira”, que não têm muitos dotes e precisam encontrar uma forma de ganhar a vida e conquistar o pão de cada dia. O espetáculo reflete, através da alegoria e da linguagem do palhaço, como o homem vai levando sua vida, equilibrando-se entre os contrários, compreendendo a necessidade de “ganhar o pão com o suor de seu rosto”, mas criando mecanismos para escapar das pressões cotidianas, reagir aos exageros dos puritanos e se contrapor à tristeza e à violência do mundo.
Baseado em reprises e gagues dos palhaços tradicionais de circo, o espetáculo dos palhaços Fadiga, Stripulia e Joaquim apresenta quatro quadros. Um palhaço apresentador (Stripulia) faz a ponte entre plateia e artistas. O palhaço (Joaquim) representa as grandes orquestras circenses. E a palhaça (Fadiga)  interpreta as atrações, fazendo uma alusão aos vários artistas que se apresentam nos circos. O selvagem e destemido J. J. Jonas e seus métodos com o chicote, o misterioso mágico Catapuf, o sucessor da família Lee, Karateca Shinpatuyamazaki Lee e a chiquérrima vidente Madame Mônanmu.

Os quadros são grandes números de ‘enganação’, mas que viram uma grande comunhão com o público, devido ao alto grau de simplicidade, ludicidade e, sobretudo, de cumplicidade que se estabelece. A execução dos números e simpatia que os palhaços provocam no público torna os números incríveis, mas por um olhar inverso ao da virtuose. É uma ótica que só os palhaços e aqueles que abrem o coração conseguem perceber, deixando de lado toda lógica e estética do cotidiano, presente em nossas vidas. Assim o público é levado, despretensiosamente, por essas criaturas que acreditam com toda fé na magia do que estão fazendo.

Quer conhecer um pouco mais do grupo TIA, acessa aí: http://tia-teatro.blogspot.com.br/

Estação Ferrinho - 27/10

No segundo dia da programação apresentaremos novamente o nosso espetáculo infantil "O Baú - Lembranças & Brincanças", as 15 horas. 

Já as 19 horas começa o Cabaret da Estação, com apresentação de diversos números de diversos artistas, confira:



As Bufa
Ventania (Simone de Dordi)  e Celói (Aline Marques) - As Bufas - serão as mestres de cerimônia. 


Mauro Bruzza - O Homem Banda
Homem_Banda(Mauricio_Capellari)




Fayller Aprato - Moreno Alto
Fayller









Melissa Dornelles - Roliça na Roça
Melissa




Núbia Quintana - Dr. Pantaleore
Dr. Pantaleore







Daniel Gustavo - O Homem Mais Sério do Mundo
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Mariana Ferreira - Eu quero ser Camo Minelli
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Fábio Castilhos - Do Princípio ao Fim
Julieto Justo - Palhaço Perfeito


Marcos Rangel - Esconde-esconde
Teolino em Belém









Quiça, se fosse. - Participação Especial
Quiça

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Estação Ferrinho - 26/10

No primeiro dia da Estação Ferrinho teremos a apresentação do nosso espetáculo infantil "O Baú - Lembranças & Brincanças" e também da peça "Isaias in Tese" do Depósito de Teatro.

O Baú será as 15 horas e o Isaias as 20 horas. Então, não te perde no horário e nem no caminho, o Ferrinho fica na Rua Dona Teodora, 1250, Bairro Humaitá.



Isaias in Tese
Isaias in Tese

Sinopse:

 
 Isaías, o bufão narrador, irônico, acusador e empático defende sua tese sobre migração. Citando vários exemplos (for exemples, como ele diz) de migração como a animal, material e humana, entre outras. Um desses “For Exemples” é a viagem de um imigrante nordestino que sai de sua terra a procura de uma situação mais estável e encontra, no sul, um modo de escapar da sina de viver sempre à mercê do tempo, da seca, do árido destino do sertão. Suas dificuldades, esperanças, incertezas enfim sua adaptação em terras sulistas são contados no espetáculo. Texto elaborado a partir de entrevistas com imigrantes residentes no RS, filmes, músicas, teses, reportagens, enciclopédias, etc.

Ficha Técnica:

Direção: Roberto Oliveira
Preparação de Bufão: Daniela Carmona
Assistência de Direção : Isandria Fermiano
Dramaturgia : Francisco de los Santos e Roberto Oliveira 
Elenco: Francisco de los Santos 
Trilha sonora: Antonio Macalão de los Santos 
Criação Luz : Carol Zimmer 
Preparação corporal: Luciana Hoppe 
Cenário: Rudinei Morales
Figurino: Coca Serpa



segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Estação Ferrinho 49 anos - Programação

Dia 26/10 começa a terceira edição da "Estação Ferrinho". São diversos espetáculos dentro da programação em comemoração aos 49 anos do Grêmio Esportivo e Cultural Ferroviário, o Ferrinho. O evento vai até o dia 01/11, e a entrada é franca. 


Confira a programação:

cartaz




E no sábado temos o Cabaret da Estação com diversos artistas convidados. Confira:

arte final




Em breve mais detalhes sobre cada um dos espetáculos! 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O Baú em Montenegro

Amanhã apresentaremos o espetáculo "O Baú - Lembranças & Brincanças" em Montenegro. Será no Teatro Therezinha Petry Cardona, na FUNDARTE, Rua Capitão Porfírio, 2141, às 20 horas.

Me veio instantaneamente a cabeça a frase "O bom filho a casa torna". É impossível não estar com a expectativa lá no alto para essa apresentação. Todos nós do Trilho, eu (Fábio Castilhos), Bruna Immich, Caroline Falero e Giovanna Zottis, somos formados pela UERGS em convênio com a FUNDARTE. Conhecemos cada canto daquele prédio, todos fomos alunos bolsistas, moramos em Montenegro, e também foi ali que começou nossas primeiras parcerias artísticas. Agora, depois de alguns anos, retornamos com muita felicidade para mostrar nosso trabalho que está preenchido de muitas experiências que ocorreram naquele prédio, naquele teatro.

O Baú - Montenegro



Ingressos: R$ 10,00 geral, R$ 8,00 assinantes do Jornal Ibiá e estudantes, R$ 6,00 alunos da FUNDARTE e sócios da Associação Amigos da FUNDARTE, R$ 5,00 pessoas acima de 60 anos e doadores de sangue.

Mais informações pelo telefone: (51) 3632 1879.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

O Baú no Teatro do SESC Lajeado

Nesta quarta-feira (17/10), às 20 horas, no Teatro do SESC Lajeado (Rua Silva Jardim nº 135 - Centro - Lajeado / RS), apresentaremos o espetáculo "O Baú - Lembranças & Brincanças", dentro do projeto Rio Grande no Palco do programa Arte SESC - Cultura por toda parte.

O Baú - Lajeado


O projeto Rio Grande no Palco consiste na promoção da produção teatral e de dança pelo estado do Rio Grande do Sul, contemplando diferentes comunidades com espetáculos de teatro adulto, infantil e de rua, espetáculos de dança de diferentes modalidades com reconhecida qualidade pela crítica. Tem por objetivos promover a circulação de espetáculos em forma de itinerâncias, favorecer a formação de plateias e contribui para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades participantes.

Sobre o Arte Sesc - As diferentes manifestações artísticas foram intensificadas e ganharam uma sistemática no Rio Grande do Sul, em 2007, a partir da implantação do Arte Sesc – Cultura por toda parte. Este “guarda-chuva” reúne todas as atividades culturais desenvolvidas pela Entidade no Estado, entre teatro, música, artes plásticas, literatura e cinema. Somente em 2011, 678 sessões de espetáculos teatrais chegaram a centenas de cidades gaúchas. Já na música, foram 317 apresentações pelo Estado.

Ingressos:
Comerciários e dependentes com Cartão SESC/SENAC - R$ 5,00
Crianças de até 12 anos, estudantes, idosos e clientes Unimed - R$ 10,00
Empresários e dependentes com Cartão SESC/SENAC - R$ 15,00
Público em Geral - R$ 20,00
Mais informações é só ligar para o SESC Lajeado no telefone (51) 3714-2266 ou acessar o site www.sesc-rs.com.br/artesesc

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

"O Baú - Lembranças & Brincanças" - agenda de apresentações

12 de outubro é o Dia das Crianças, e nada melhor para comemorar do que ensaiando o nosso espetáculo "O Baú- Lembranças & Brincanças". Antes de tudo hoje é o dia de acender a chama da infância, brincar, se arriscar, se machucar, rir, cantar, dançar, comer rapadura de leite, pé de moleque, paçoquinha entre tantas outras coisas que nos fazem sentir totalmente criança. Aproveitamos essa data para divulgar a nossa agenda com as próximas apresentações do espetáculo feito para essas "pessoinhas" responsáveis pelo futuro. 

Na próxima semana vamos a Lajeado e Montenegro, cidades com um significado especial para os integrantes do grupo. Na semana seguinte faremos duas apresentações na terceira edição da Estação Ferrinho, evento cultural realizado pelo Grupo Trilho no bairro Humaitá em Porto Alegre. Seguimos com apresentação nas Feiras do Livro de Cachoeirinha e Porto Alegre, no Aldeia SESC Capilé em São Leopoldo e em Canoas na Casa das Artes Villa Mimosa.

Confira abaixo a agenda das apresentações:



Desejamos a todos um ótimo feriadão e aproveitem para viajar, ver pessoas e relembrar a infância, momento tão precioso em nossas vidas.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Um ano do espetáculo "O Baú - Lembranças & Brincanças"

Há um ano atrás, estreava na Mostra de Teatro Infantil de Porto Alegre, na Sala Álvaro Moreyra, "O Baú - Lembranças & Brincanças", nosso primeiro espetáculo para o público infantil. Uma estreia maravilhosa e muito surpreendente para nós. A recepção do público foi extremamente calorosa e ficamos muito felizes com o resultado que vimos em cena, visto que estávamos bem ansiosos com a recepção que a peça teria. "O Baú" seguiu em temporada neste teatro até o dia 13 de novembro.


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Foto: Amelia Barce


No final de 2011, fomos surpreendidos ganhando o Prêmio Tibicuera de Teatro Infantil nas categorias de Melhor Direção (Fábio Castilhos), Melhor Dramaturgia (Fábio Castilhos) e Melhor Espetáculo Infantil Júri Popular. Recebemos também as indicações para Melhor Atriz (Caroline Falero e Giovanna Zottis) e Melhor Espetáculo Infantil.


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Foto: Amelia Barce


Em 2012, fizemos uma segunda temporada do espetáculo do dia 26 de maio a 24 de junho, no Teatro Bruno Kiefer da Casa de Cultura Mario Quintana. Em Porto Alegre, além dessas duas temporadas, participamos como convidados do 7º Festival Palco Giratório do Sesc. Passamos também pelas cidades de Novo Hamburgo, Passo Fundo, Ijuí, Alvorada e Rio de Janeiro (dentro da programação do projeto Dulcina Abraça o Sul), totalizando 35 apresentações até então.

Mas não para por aí! Estaremos dia 17/10 em Lajeado, 19/10 em Montenegro, 26 e 27/10 dentro da programação da Estação Ferrinho, 28/10 em Cachoeirinha, 02/11 na Feira do Livro de Porto Alegre e 08/11 em São Leopoldo. Logo mais daremos mais informações sobre cada uma dessas apresentações.


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Foto: Amelia Barce


Que esse Baú possa se abrir por muitos anos ainda! Vida longa! 

domingo, 2 de setembro de 2012

Mãe Coragem no Poa em Cena

Do dia 04 a 24 de setembro acontece o 19º Porto Alegre Em Cena, um dos maiores festivais de artes cênicas da América Latina. Serão dezenas de espetáculos, oficinas, palestras, enfim uma extensa programação. Os ingressos continuam a venda e a grande maioria das peças ainda não esgotou.

O grande destaque deste Em Cena é a vinda do lendário grupo alemão Berliner Ensemble fundado por Bertolt Brecht. O espetáculo "Mãe Coragem" texto de Brecht, com direção de Claus Peymann, será apresentado no Theatro São Pedro nos dias 06, 07 e 08 às 20 horas. Oportunidade ímpar para conferir o grupo fundado pelo maior referencial do Trilho.


berliner



Neste link http://grupotrilho.blogspot.com.br/2012/04/berliner-ensemble-em-porto-alegre.html tem mais algumas informações sobre o Berliner, Brecht e a peça Mãe Coragem.

Para conferir a programação completa do Em Cena é só acessar o link abaixo: 

terça-feira, 31 de julho de 2012

João Cheroso e João do Céu no Ferrinho


Nesta quinta (02/08), às 15h30min. no Grêmio Esportivo e Cultural Ferrinho teremos a apresentação do espetáculo "João Cheroso e João do Céu Vendendo Cordel - Uma Homenagem a Luiz Gonzaga" do Grupo Eureca do Amapá. Além de Porto Alegre, eles irão apresentar-se nas cidades de Pelotas e Santa Maria, e estão contando com o apoio da Rede Fora do Eixo.

João Cheiroso

No espetáculo João Cheroso e seu pai, João do Céu seguem o caminho dos retirantes nordestinos que se deslocaram para a Amazônia em busca de melhores condições de vida. Na chegada a Macapá (AP) os dois descobrem uma curiosidade: a capital amapaense, também, fora visitada pelo conterrâneo Luiz Gonzaga e este compôs músicas em exaltação à cidade. João do Céu e João Cheroso resolvem declamar em forma de cordel a vida da Estrela do Sertão, Luiz Gonzaga – O Rei do Baião, uma homenagem ao centenário de nascimento (1912 - 2012)  do nordestino que levou sua cultura aos quatro cantos do planeta e se encantou com o Meio do Mundo.



“Isso mesmo seu moço
O Rei pelo Norte viajou
Quando chegou em Macapá
De cara se apaixonou
Fez música na mesma hora
E pro Brasil apresentou”


Ficha técnica:
Elenco: Joca Monteiro e Elder de Paula
Direção de arte: Paulo Rocha
Texto e Direção: Joca  Monteiro
Duração: 40 min.
Classificação: Livre


Quem quiser saber um pouco mais sobre o Grupo Eureca é só acessar o blog: http://teatroderua-ap.blogspot.com.br/

quinta-feira, 12 de julho de 2012

O Baú em Garopaba

E lá vamos nós. O Trilho esteve fim de semana passado no Rio de Janeiro e já neste próximo final de semana estaremos apresentando "O Baú - Lembranças & Brincanças" em Garopaba.

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Foto: Bárbara Ferraz

A apresentação será sábado dia 14/07, às 17 horas, no Auditório do Garopaba Mar Hotel (antigo Bavária Hotel). O endereço é Rua Nereu Ramos, 605, Morro Ferraz. Ingressos antecipados 8 reais, na hora 10 reais. O telefone para compra antecipada de ingresso é (48) 3254 6016. É o Trilho pegando a estrada mais uma vez! 

quarta-feira, 4 de julho de 2012

O Baú no Rio de Janeiro

O Trilho está arrumando as malas! É com muita satisfação que vamos apresentar nosso espetáculo infantil "O Baú - Lembranças & Brincanças" no Rio de Janeiro. As apresentações farão parte do Projeto Dulcina Abraça o Sul e acontece no Teatro Dulcina (Rua Alcindo Guanabara, 17, Centro, Rio de Janeiro. Telefone: (21) 2240-4879), nos dias 06, 07 e 08 de julho, às 16 horas.

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segunda-feira, 11 de junho de 2012

O Baú no Aldeia Sesc em Ijuí

Nos dias 13 e 14 de junho às 15 horas, no Teatro do Sesc Ijuí (Rua Crisanto Leite, 202 Centro - Ijui/RS), apresentaremos o "Baú - Lembranças & Brincanças" dentro da programação do projeto Aldeia Sesc Ijuhy - Intercâmbio de Origens. Também vamos ministrar duas oficinas, uma para professores e outra para crianças.

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A partir da quarta-feira, dia 13 de junho, o município de Ijuí se transforma em palco para receber diversas manifestações artísticas que movimentam o cenário cultural nacional. A sexta edição do projeto Aldeia Sesc Ijuhy – Intercâmbio de Origens, que visa possibilitar o a troca de experiências entre artistas e a comunidade, permanece na cidade até o dia 19 de junho e tem entrada franca na maioria das atrações. A programação extensa acontece no Teatro do Sesc Ijuí, diariamente das 9 horas às 22 horas.

Mais informações no próprio Sesc Ijuí, (55) 3332 7511 

sexta-feira, 8 de junho de 2012

O Baú no Teatro Bruno Kiefer por Bruna Immich

O processo de fazer uma temporada não é nada fácil. Inscreve em edital, espera a resposta. Aprovados!!! Corre atrás da documentação para habilitação. Habilitados!!! Parece que está tudo certo, mas na verdade agora é que o trabalho começa: corre atrás de apoios, fecha parcerias, monta a arte gráfica, insere logos, faz vídeo, spot para rádio, entra em contato com a imprensa, agenda entrevista, cava espaço para matéria, divulga, entre muitos outros detalhes.

No dia 26/05 estava marcada a primeira apresentação das treze desta temporada. E neste dia chegamos às 11 horas no teatro Bruno Kiefer. Nosso cenário estava no depósito e, enquanto eu organizava com o Zé a montagem da luz a Carol  e Gi carregavam escada a baixo nosso cenário. Isso é que são atrizes.


025Neste dia e em todos os outros da temporada, estou aprendendo muito com o Zé (técnico responsável pelo teatro). Ele tem nada menos que 20 anos dentro daquele espaço e “se menino” me contou que quando começou, ficou quatro anos só carregando escadas para fazer o que faz hoje. Para quem não sabe, ele aprendeu sobre iluminação com nosso grande mestre Acir. Ver o Zé trabalhando naquele espaço, afinando a luz na vara interna do proscênio – que tem uma estrutura que parece uma calha de ferro - e fazendo a sua dancinha pra chegar à passarela da plateia me fez apelida-lo de Highlander.

Às 16 horas iniciamos a primeira apresentação. Plateia baixa cheia e assim está sendo toda a temporada. Em alguns dias o público é mais participativo e em outros mais atentos. Reações diversas, risos em cenas que não esperávamos. No final da apresentação todos aplaudem muito o espetáculo e na última, dia 03/06, uma senhora ao final fala da plateia “Bravo! Vocês são ótimas”.

Cada dia uma novidade. Inclusive a melhor de todas foi descobrir que onde hoje é o Teatro Bruno Kiefer era o sótão do Hotel Magestic, e a história do "O Baú -Lembranças & Brincanças" se passa em um sótão. Coincidência ou não, seguimos em temporada neste antigo sótão, o Teatro Bruno Kiefer, até dia 24/06, sempre aos sábados e domingos às 16 horas.

Bruna Immich
Integrante do Trilho

segunda-feira, 28 de maio de 2012

O Baú no Palco Giratório por Fábio Castilhos

Sexta (25/05), acordar cedo, ir até o Ferrinho para carregar o cenário e levar até o SESC Centro. Mas para nossa surpresa, fomos recepcionados por um caminhão e dois carregadores! Que barbada, nenhum esforço. Rapidinho tudo dentro do caminhão e vamos embora.

Na hora de montar a luz, tinha mais equipamento do que necessitávamos, motivo de alegria e diversão para a Bruna Immich, a nossa iluminadora. Os técnicos Osmar, Luciano e Deivison extremamente atenciosos, bem humorados, um trabalho tranquilíssimo. Já deixo aqui o nosso agradecimento a esses profissionais maravilhosos.

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Foto: Bárbara Ferraz

Às 15 horas começou a apresentação. Teatro do SESC lotado, com muitas, muitas crianças! Foi nosso maior público até então, e também a maior concentração de crianças na plateia. No início elas estavam bastante ansiosas, falantes, querendo participar a todo o momento. Reagiam muito, rindo, fazendo alguns comentários sobre a cena. Mas também teve momentos de total silêncio, que era impressionante. Foi uma experiência e tanto para as atrizes, pois o público estava muito animado e participativo. Quando esperar a reação do público, quando jogar com eles.

Ficamos muito felizes por poder participar desse grande festival que é o Palco Giratório. Quero agradecer a toda equipe do SESC, principalmente a Jane Schoninger pelo convite.


Fábio Castilhos
Integrante do Trilho


                                                                                                                     

quinta-feira, 24 de maio de 2012

O Baú no 7º Festival Palco Giratório em Porto Alegre

Nesta sexta (25/05), às 15 horas, no Teatro do SESC Centro (Rua Alberto Bins, 665 - Porto Alegre/ RS), apresentaremos o espetáculo "O Baú - Lembranças & Brincanças", dentro da programação do 7º Festival Palco Giratório.

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Foto: Bárbara Ferraz


O Festival Palco Giratório SESC/POA chega a sua sétima edição este ano trazendo a capital dos gaúchos mais de 100 ações culturais, entre espetáculos, atividades formativas, palestras e exposições. Serão 46 espetáculos de 41 grupos, 81 sessões e representantes de 11 estados e 3 países.

O evento acontece entre os dias 04 e 27 de maio e esta movimentando a cena cultural de Porto Alegre promovendo um intercâmbio entre artistas de 11 estados brasileiros, além da fusão cultural com a Dinamarca, que esteve presente no Festival por meio da participação do Odin Teatret.
Mais informações é só ligar para o SESC Centro no telefone (51) 3284-2070 ou acessar o site www.sesc-rs.com.br/artesesc

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O Baú em Passo Fundo por Giovanna Zottis

Domingo (20/05) nos apresentamos na Avenida Brasil Centro, no teatro do SESC em Passo Fundo. Chegamos no sábado à noite e curtimos um friozinho na cidade gaúcha (desde a estreia em outubro, nunca meu figurino pareceu tão apropriado!). Quem nos guiou nesta "trip" foi Vener.

Vener da van
Da esquerda para a direita: Giovanna Zottis, Vener (nosso grande "motora") e Caroline Falero

Pela manhã foi iniciada a montagem e eu e Carol ganhamos mais umas horinhas de sono! (Que folga, não?)

À tarde afinamos a luz e concluímos a montagem do cenário. Abro aqui uma brecha pra falar da luz e agradecer a disponibilidade do técnico, que se chama Edegar (mas que desconfio ser o verdadeiro Peter Parker), que com destreza percorria o urdimento para deixar a luz no ponto certo.

A apresentação aconteceu às 16h. O público foi bastante receptivo. Durante a peça mesmo já ouvimos algumas espontâneas frases vindas do público entre outros cochichos feitos com os amigos e pais: "parece a gente hoje!", "é mesmo!"... E no fim tivemos o retorno das crianças e pais que subiram no palco, sejam em forma de elogios, abraços, fotos no baú ou ainda a gratificante frase que nos disse nossa pequena espectadora especializada Taís: "Eu venho desde pequena aqui no SESC, e esse foi o teatro que eu mais gostei", e depois subindo as escadas de braços abertos como se dançasse dizendo "Eu adorei!".

Equipe Baú e SESC PF
Da esquerda para a direita: Fábio Castilhos, Giovanna Zottis, Andressa (SESC), Bruna Immich, Edegar (técnico do SESC) e Caroline Falero

Parabéns ao SESC por esse trabalho de formação de público tão necessário.

Um agradecimento especial à Andressa, Agente de Cultura do SESC Passo Fundo pelo carinho e receptividade.

Antes de nos despedirmos, ainda deixamos uma dedicatória em um cartaz. Esse fará parte de uma exposição de final ano, onde todos os cartazes dos espetáculos que passaram por lá atraem os frequentadores e os convida a relembrar as peças assistidas durante o ano.
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De volta a nossa cidade, fomos recebidos pelo Seu Hélio, que gentilmente nos esperava no Ferrinho, até quase meia noite. Trouxemos uma lembrança especial deste dia, e uma vontade de retornar a esta cidade tão acolhedora.
 

Giovanna Zottis

Integrante do Trilho

sexta-feira, 18 de maio de 2012

O Baú no Teatro do SESC Passo Fundo

Neste domingo (20/05), às 16 horas, no Teatro do SESC Passo Fundo (Avenida Brasil nº 30 - Centro - Passo Fundo / RS), apresentaremos o espetáculo "O Baú - Lembranças & Brincanças", dentro do projeto Rio Grande no Palco do programa Arte SESC - Cultura por toda parte.

Rodapé o Bau

O projeto Rio Grande no Palco consiste na promoção da produção teatral e de dança pelo estado do Rio Grande do Sul, contemplando diferentes comunidades com espetáculos de teatro adulto, infantil e de rua, espetáculos de dança de diferentes modalidades com reconhecida qualidade pela crítica. Tem por objetivos promover a circulação de espetáculos em forma de itinerâncias, favorecer a formação de plateias e contribui para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades participantes.

Sobre o Arte Sesc - As diferentes manifestações artísticas foram intensificadas e ganharam uma sistemática no Rio Grande do Sul, em 2007, a partir da implantação do Arte Sesc – Cultura por toda parte. Este “guarda-chuva” reúne todas as atividades culturais desenvolvidas pela Entidade no Estado, entre teatro, música, artes plásticas, literatura e cinema. Somente em 2011, 678 sessões de espetáculos teatrais chegaram a centenas de cidades gaúchas. Já na música, foram 317 apresentações pelo Estado.
Ingressos:
Comerciários com Cartão SESC/SENAC - R$ 5,00
Empresários com Cartão SESC/SENAC - R$ 6,00
Usuários com Cartão SESC/SENAC e Público em Geral - R$ 12,00
Estudantes e Idosos (com comprovação) - R$ 6,00

Mais informações é só ligar para o SESC Passo Fundo no telefone (54) 33119973 ou acessar o site www.sesc-rs.com.br/artesesc

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Entrevista Fábio Castilhos por Diego Ferreira

Esta entrevista foi postada originalmente no blog do Diego Ferreira, http://escapeteatro.blogspot.com.br/. Acessa lá que o blog é muito bom, cheio de informações!
1.      Quando e como iniciou a sua trajetória teatral?

Meu primeiro contato foi na escola em 1997. Na sétima e oitava série do Ensino Fundamental a disciplina de artes visuais era substituída pela de teatro. Eu curtia muito aquelas aulas, com a professora Sônia Pellegrino, que infelizmente faleceu. Depois, em 2002, tendo encerrado o Ensino Médio, não passei no vestibular (para Ciências Sociais) e fiquei meio perdido. Quase sem querer me inscrevi num curso de teatro para iniciantes com o Zé Adão Barbosa. Daí em diante não parei mais. 

Fábio A Decisão
A Decisão. Grupo Trilho. Foto: Ana Mendes

2.      Como se deu a sua formação? 

Depois desse primeiro curso com o Zé Adão, entrei no curso de Formação de Atores do Tepa (Teatro Escola de Porto Alegre) no ano de 2003. Neste curso tive aulas com o próprio Zé Adão, o Luiz Paulo Vasconcellos e a Jezebel De Carli. Através da Jezebel conheci a UERGS, prestei o vestibular e passei. Isso em 2004. Formei-me no curso de Graduação em Teatro: Licenciatura (o curso inicialmente se chamava Pedagogia da Arte) em 2007.

3.      Atuar ou dirigir? 

Os dois! As duas coisas me dão prazer, me divertem. Talvez, daqui alguns anos eu dirija mais do que atue, sempre acho que isso possa acontecer, mas por enquanto isso não me preocupa.  

4.      Qual o papel da universidade na formação de um artista?

Na minha formação foi essencial. Lá eu tive oportunidade de conhecer diversas práticas e teorias. Existe uma metodologia, um caminho. Aí, tu podes escolher qual vai seguir. Porém não é o único caminho. Acho que fora da academia a busca por teoria é mais difícil, a universidade facilita esse acesso. Acho que é isso, a universidade funciona como uma facilitadora, ela te oferece caminhos, possibilidades, mas não basta, tu tens que ir além, ela não te transforma num artista. 

5.      Grupo de Teatro ou Teatro de Grupo? Fale sobre o Grupo Trilho?  

Eu acredito muito no Teatro de Grupo. Na verdade, pouco importa a nomenclatura, o que importa mesmo é como se dá o processo de trabalho, como funciona e são estabelecidas as relações. Eu não consigo pensar o teatro em uma função só. Se estiver atuando quero interferir na luz, no figurino, na dramaturgia, enfim a criação deve ser coletiva. Mesmo que haja funções (diretor, cenógrafo, etc.) elas devem dialogar, sem hierarquia, é o que costumam chamar de criação colaborativa.
            Outra questão que acho importante em um coletivo é que as pessoas acabam criando objetivos muito próximos, laços artísticos. Numa companhia, onde as pessoas são contratadas, os objetivos são muito diferentes, o diretor quer fazer a sua peça, o ator quer “brilhar”, tem muito mais “ego” envolvido. No grupo essa questão do ego fica mais diluída, pois o objetivo é do coletivo e não somente do indivíduo.
            O Trilho é um grupo que migra entre criações coletivas e colaborativas, dependendo do objetivo que temos. Cada integrante tem algumas funções que desempenha, mas nada é absolutamente fechado, do tipo fulano só faz isso, sicrano só faz aquilo. Vamos criando e nos organizando da forma que melhor possamos cumprir os objetivos que traçamos. 

6.      Em 2011 o Grupo Trilho experimentou pela primeira vez direcionar o seu trabalho ao público infantil. Como foi esta experiência, qual foi à premissa? 

Partimos de uma necessidade. De uma não, de várias. A primeira era que quando fazíamos espetáculos no nosso espaço, o Grêmio Esportivo e Cultural Ferrinho, quem ia assistir eram as crianças, elas que insistiam e os pais acabavam acompanhando. Só que as peças eram adultas e até pesadas para elas. Daí pensamos: precisamos fazer algo para essas crianças. Outra necessidade foi que todos nós do grupo também somos educadores e trabalhamos com crianças, enfim vários outros pormenores nos levaram a pensar num trabalho para o público infantil.
E a experiência começou justamente aí. Sabíamos que eu iria dirigir e trabalhar na construção da dramaturgia e que a Caroline Falero e a Giovanna Zottis iriam atuar, e só. Não tínhamos ideia de texto, nem de um tema. Começamos improvisando muitas coisas e aos poucos a peça foi aparecendo. O processo todo durou oito meses. Foi uma experiência incrível, as atrizes se divertiram muito durante o processo, a ideia era essa. Mas eu não. Quer dizer, é claro que eu me diverti, mas teve momentos muito difíceis que eu não tinha a menor ideia de onde aquilo ia parar. Mas foi muito gratificante, por que foi um processo de criação muito livre, que eu tinha muita vontade de experimentar. 

7.      O que o teatro político, Brecht e a periferia do Humaitá contribuíram para a construção da dramaturgia de “O Baú”?  

Contribuíram por que esses elementos estão na nossa gênese, na nossa pele, na nossa alma. Eles são geradores da nossa estética, da nossa ética. Não conseguiríamos fazer uma peça para as crianças que fosse apenas “bonitinha” e “engraçadinha”. De alguma forma nós temos de cutucar o espectador, seja ele adulto ou criança. E eu creio que conseguimos fazer isso. Tanto crianças como adultos saem de “O Baú – Lembranças & Brincanças” com dúvidas, com anseios. O espectador se diverte, mas pensa também. E isso é um grande barato.   

8.      A trajetória do Trilho e a tua são marcadas pela presença do teatro político sendo influenciado pelo teatro e teorias de Brecht. Quando descobriu Brecht e qual a real importância dele no seu trabalho e na sua identidade? 

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As Criadas. Direção Bruna Immich. Foto: Kiran

Descobri de fato o Brecht durante o segundo semestre na Uergs. Eu fui morar em Montenegro e vivia para o curso. Virei rato de biblioteca. Li todas as suas peças. Li inicialmente como um curioso, mas desde o inicio eu me interessei muito pela sua obra. Ele tocava em assuntos que me interessavam, e que até então eu não tinha visto muito no teatro. Aos poucos fui me aprofundando mais sobre o seu trabalho, suas teorias. Não sou um especialista em Brecht, tenho muito ainda que conhecer sobre o seu trabalho, mas ele realmente me instiga e me interessa.  

9.      O grupo Trilho carrega em seu nome “Teatro Popular”, ou seja, Grupo Trilho de Teatro Popular. Como você enxerga e pratica este “teatro popular” dentro do grupo e como define este termo em seu trabalho. Quais questões políticas, estéticas ou sociais permanecem na cena atual?  

Bom, teatro popular é um termo bem complexo e até perigoso, pois ele pode significar muitas coisas. Dentro do Trilho, é até bem claro o porquê dele no nome. É “popular” primeiro por que trabalhamos na periferia de Porto Alegre. Em segundo lugar por que pensamos em ações que tenham um cunho sócio-político, que a arte tem como função colocar em dúvida esse sistema desigual em que vivemos, criticá-lo nos mais diversos âmbitos da sociedade. Acho que tem uma frase do Brecht que resume muito bem essa questão: “A arte deve optar, pode se transformar no instrumento de alguns que diante da maioria assumem um papel de deuses e do destino ou pode aliar-se a grande maioria transformando-se em arma a serviço do povo”. A nossa estética, poética e ética está totalmente interligada com esse pensamento.           

10.  Como se dá o processo de trabalho do Grupo Trilho? Quais são suas principais influências?  

Como eu disse anteriormente o processo de trabalho do grupo é meio mutante, se modifica na medida em que achamos necessário, mas sempre democrático, sem estabelecer hierarquias, baseado no coletivo. É claro que algumas coisas vão se estabelecendo naturalmente. Um exemplo é justamente as influências do Trilho. A sua principal influência é o Bertolt Brecht, mas cada integrante carrega consigo as suas influências, que acabam afetando os outros integrantes, numa reação em cadeia. E nessa amálgama toda vou citar alguns nomes que me influenciam e que de alguma forma influenciam o Trilho também: Grotowski, Peter Brook, Augusto Boal, Oduvaldo Vianna Filho, Oi Nóis Aqui Traveiz, Cia. do Latão. 

11.  Quais profissionais gaúchos e nacionais tu destacaria, que contribuem para um teatro mais forte e engajado? (Ator/atriz, diretores, teóricos, etc...) 

Bom, pensando em engajamento, que, aliás, é uma palavra que eu não gosto, prefiro crítico, na cena gaúcha não poderia deixar de citar o “Oi Nóis Aqui Traveiz”. Outros grupos muito bacanas são a “Cia. do Latão”, “Brava Companhia”, “Teatro Máquina”. O Sérgio de Carvalho, que é diretor da Cia. do Latão, pode ser citado como um grande teórico também. Assim como a Iná Camargo Costa, a Stella Fisher (que é atriz também), a Ingrid Koudela.  

12.  Falando em política... Como você vê as políticas públicas voltadas para o incentivo da cultura em âmbito municipal, estadual e federal?   

É ruim, já foi pior, ainda tem muito que melhorar. Falta investimento, falta um critério de avaliação melhor formulado, falta diversificar as áreas de atuação, os repasses não podem atrasar, a “burrocracia” deve ser diminuída, os incentivos fiscais devem ser repensados, enfim, num país onde pessoas morrem de fome, morrem em filas de hospitais, que a educação pública é sucateada e que políticos roubam a vontade e ficam impunes, já era de se esperar que a cultura ficasse relegada ao décimo plano.  

13.  Como você enxerga a atual cena gaúcha? Quais grupos e cias têm desenvolvidos projetos bacanas e o que falta para o teatro gaúcho? 

Bastante diversificada e em expansão. Grupos do interior ganhando força como o Teatro do Clã de Montenegro e o Ueba Produtos Notáveis de Caxias, só para citar dois. Já em Porto Alegre temos alguns grupos que vem desenvolvendo um trabalho continuado que merecem atenção, alguns antigos, outros mais novos, como o Oi Nóis, a Santa Estação, o Teatro Sarcaústico, a Cia Rústica, o Grupo Mototóti, entre outros.
O que falta é os trabalhos serem mais bem aprofundados. Até por uma questão de mercado, monta-se muito rápido um trabalho, a peça cumpre uma, duas temporadas no máximo, circula durante um ano (quando muito) e deu, acabou. Vem outro prêmio para montagem e o ciclo recomeça. Não há trabalho que consiga ter um aprofundamento maior. É um problema dos financiamentos, que geralmente são para montagem e pouco para circulação ou fomento de um grupo.  

14.  Ano passado o espetáculo “O Baú – Brincanças e Lembranças” teve grande aceitação do público e critica e indicado ao Prêmio Tibicuera e você foi premiado como Diretor e Dramaturgo. Como você recebeu estes prêmios e se prêmios como este ajudam em alguma coisa? 

Eu fiquei muito feliz e surpreendido com os prêmios. O prêmio de dramaturgia até tinha uma esperança, mas diretor eu era o azarão. Quando a gente começa um trabalho não pensa em prêmios, se vai agradar, se está adequado para isso. Porém ganhar um prêmio é muito bom, dá um “selo de qualidade” para o trabalho, é um reconhecimento. O grupo ficou um pouco mais conhecido, a peça, e eu também. Sabe que depois dos prêmios muitas pessoas, amigos, conhecidos, já fizeram essa pergunta, e eu sempre respondo brincando: “Antes eu era um Zé-Ninguém... Agora eu sou um Zé-Ninguém premiado!” 

15.  Quais os teus próximos projetos junto ao Trilho? Nova temporada e novos espetáculos? 

O principal objetivo por enquanto é fazer o Baú circular. Temos uma nova temporada no Teatro Bruno Kiefer, na Casa de Cultura Mario Quintana (26/05 a 24/06, sábados e domingos, 16h) e algumas apresentações agendadas.
Estamos tentando manter uma tradição que é no aniversário do Ferrinho fazermos uma programação de apresentações lá no espaço, que batizamos de “Estação Ferrinho”. Em 2010 foi muito bacana, foram 5 dias de apresentações, seminário, coquetel, show de música. 2011 estávamos em plena temporada e não conseguimos fazer um evento tão grande, mas não deixamos passar em branco. Este ano queremos retomar pelo menos os mesmos 5 dias de 2010.
E também estamos treinando algumas vezes, lendo coisas, com calma, talvez daí surja algo novo. Por enquanto novo espetáculo mesmo só no plano das idéias, não temos ainda uma previsão para um novo trabalho.   

16.  O que te faz ESCAPAR tratando-se de teatro?  

Assistir a uma boa peça, estar num processo de criação e participar de uma boa oficina de teatro. Aí eu escapo, pra bem longe! 

17.  Alguma vez já pensou em desistir? 

Já, muitas vezes. Mas daí me dou conta que não sei fazer outra coisa, então desisto de desistir.  

Cleo e Clea
Cleo e Clea. Direção Heitor Schmidt

18.  Futuro?

Estar com o Trilho, bem constituído, com o nosso espaço, o Ferrinho, a pleno vapor, dirigindo, atuando, escrevendo, ensinando, aprendendo. Tenho vontade também de experimentar outras linguagens, como cinema e dança e tudo mais que esse tal futuro possa me reservar.  

19.  Gostaria de deixar algo especial para encerrar esta entrevista?  

Gostaria de agradecer muito o teu convite, foi uma experiência muito legal. Quem quiser conhecer mais sobre o Trilho, acessa www.grupotrilho.com.br

E pra finalizar uma frase do mestre Bertolt: “De todas as coisas seguras, a mais segura é a dúvida”.
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