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sábado, 14 de março de 2015

Enfim sós - Uma tragicomédia clownesca

Está no ar o blog sobre o processo de montagem do nosso próximo espetáculo, "Enfim sós - Uma tragicomédia clownesca". 

Foto: Natasha Mota


Para acompanhar basta acessar http://espetaculoenfimsos.blogspot.com.br/

Aqui, neste blog, também teremos notícias sobre o trabalho, mas o intuito do novo blog é registrar e compartilhar o processo de pesquisa sobre a composição do espetáculo e a arte do palhaço, bem como os frutos desta experiência artística.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Umbigadas Chilenas e Populares

Cumprimos nossa linda jornada pelo Chile, nossa primeira viagem internacional, com nosso primeiro espetáculo de rua UMBIGO/OMBLIGO. Cinco lindas apresentações nas cidades de Santiago, Copiapó, Caldera e Vallenar.

Em Santiago, foi uma apresentação por nossa conta, onde fomos amparados por uma parceria generosa dos amigos (pra vida) Sara Fernández e Roberto Prieto, fundamentais durante toda a nossa estadia no Chile (Gracias por todo!!!). Realizada na movimentada Praça de Armas, logo após os discursos evangélicos, a apresentação nos tomou de emoção, pois valeu o esforço de todos os envolvidos. Tínhamos a gana de quem passou a noite em um aeroporto, transportou material cênico e bagagens, e que às 17h desse mesmo dia se emocionava ao ver que o espanhol despretensioso, as canções traduzidas e essa linguagem brechtiana popular chegavam ao público das ruas do centro do Chile, e sim, eles se identificavam!!!

Encontramos amigos brasileiros, companheiros de teatro e faculdade que nos assistiram, vivenciamos o cotidiano do povo chileno, nos metrôs e nas diversas conexões, nas variações de preço da tarifa em horários de movimento, nas ruas lotadas, no calor e na seca que não nos deixa transpirar e resseca a boca. Por fim, a cerveja com os amigos foi uma sensível celebração a nossa práxis popular já no primeiro dia no Chile. O segundo dia em Santiago foi de "turistar"curtir um pouco mais os amigos, os perros e a bela vista dos Andes e dos espaços culturais da cidade.

Seguimos para Copiapó ao norte do Chile, hora de carregar os cases, as malas, conexões, metrô, ônibus, táxis coletivos (uma grande e barata sacada chilena), niños, perros, carabineros, músicos de rua, propagandas e uma viagem de 12 horas na noite do segundo dia no Chile. Pela manhã, iniciaríamos nossa participação no XXI Encontro Latinoamericano de Teatro de Copiapó.

Chegando fomos acomodados no alojamento religioso da igreja da Candelária, junto com outros grupos participantes. As primeiras pessoas que conhecemos foram os integrantes do grupo El Riel e, pasmem, significa trilho em português!!! Também com 08 integrantes!! No Festival, realizamos mais quatro apresentações, as duas primeiras em Copiapó, e após em Caldera e, finalmente, Vallenar. 

Dentre as peculiaridades, apenas uma dessas quatro apresentações aconteceu na rua, o espetáculo seguiu se adaptando a novas situações, o público era em grande maioria pessoas da cidade, em diferentes idades, não ligadas ao meio artístico, pessoas "comuns". Esse fato fez toda a diferença na nossa participação, esse é o nosso público, especialmente nesse espetáculo, que é de rua, e que mesmo antes de ser apresentado no Festival já contagiava e causava empatia em todos que trabalhavam conosco, produtores, motoristas, o porteiro do teatro, os técnicos (agradecimentos especiais a Ana Ponce e a Joyce, responsáveis pela produção de nossa participação no festival). 

Apresentação em Caldera - Chile

















No decorrer das cenas, nossa emoção e as emoções chilenas ao ver funcionar um termo local adaptado às falas, o esforço do ator distanciado para falar em castellano, porque está no diálogo a grande vantagem deste trabalho. A recepção e o retorno do público foram muito gratificantes, cantaram junto, tiramos foto no bastón de selfie ao final, super generosos na gorra. Um destaque para a apresentação no Centro Cultural Estacion Caldera, um trêm ao lado do palco, tão significativo nesses poucos 08 anos de grupo. Fomos reconhecidos enquanto visitávamos a praia Bahia Inglesa, novos elogios de crianças e adultos que haviam nos assistido em Caldera.

No alojamento, trocas e mais trocas, não conseguimos assistir nada, dada a dinâmica das apresentações, mas houve noites poéticas, com os mais jovens; aprendizado com os mais velhos, do Chile na grande maioria e outros do Paraguai. Música, cerveja e vinho. Os assuntos variavam sobre arte, política, questões regionais, termos brasileiros e castellanos. Conhecemos as Companhias La Difunta, Teatro De La Otra Compañia, Cia Cachupin, Grupo Teatral La Mirada e Cía El Riel. 

Os dias eram frescos pela manhã, super quentes ao longo do dia e frios à noite. Foi especial poder viver tudo isso, de uma maneira sensível, agregando amigos e aprendendo com tudo.

Que seja a primeira de muitas viagens!!

sábado, 8 de junho de 2013

O Baú em Caxias e Vacaria

Começamos nessa semana que passou o circuito Sesc Teatro a Mil com o espetáculo O Baú - Lembranças & Brincanças. Na terça saímos cedo de Porto Alegre rumo a Caxias.

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As três apresentações que fizemos foi na Sala de Teatro do Centro de Cultura Ordovás, uma na terça a tarde e as outras duas na quarta, manhã e tarde.
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Na quinta fomos para Vacaria. A noite, montamos luz e cenário. As três apresentações ocorreram na Casa do Povo, todas na sexta, uma pela manhã e as outras duas a tarde. Que correria!

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Semana que vem partimos para Lagoa Vermelha e Passo Fundo. 

domingo, 26 de maio de 2013

O SIMPÓSIO BRECHT - Por Caroline Falero

Do dia 20 a 23 de maio aconteceu na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, por meio do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas e do Departamento de Arte Dramática o 14º Simpósio da International Brecht Society, sob o tema “O espectador criativo: colisão e diálogo”. Três integrantes do Trilho tiveram a oportunidade de acompanhar o simpósio. Segue abaixo o relato de Caroline Falero, integrante do Trilho:

Simpósio Brecht

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O mais importante de tudo é aprender a estar de acordo
Muitos dizem sim, mas sem estar de acordo
Muitos não são consultados
E muitos estão de acordo com o erro
Por isso, o mais importante de tudo
é aprender a estar de acordo”.
(Bertolt Brecht. Aquele que diz sim e Aquele que diz não.)

Inicio meu texto com esse fragmento da peça didática de Bertolt Brecht por achar pertinente essa colocação, afinal era um simpósio, um espaço de discussão, muito se diz que falar de Brecht sem questioná-lo é traí-lo e várias foram as posições referente ao trabalho dessa figura tão relevante para o teatro moderno e para o teatro do Grupo Trilho de Teatro Popular. A peça didática também acabou sendo grande protagonista do simpósio ao lado do teatro de Boal e a performance. Se tivesse que resumir em uma palavra o evento não hesitaria em escolher CONTRADIÇÃO. Simpósio tão recheado dela como a vida em que vivemos.
Dentre muitas passagens ao longo do período de 20 a 23 de maio destaco o pulsante relato de Miguel Rubio Zapata, sobre o trabalho do grupo Yuyachkani, a conferência generosa de Ingrid Koudella e o relato de Hans-Thies Lehmann agregado ao contraponto do comentário de Sergio de Carvalho questionando-o pela insistência em abafar o cunho político e marxista do trabalho de Bertolt, adorei o conflito, eis a oportunidade de aprendizado, não se chegou a consenso algum (que bom), seguiram discutindo na entrada do salão (em inglês), onde eu aguardava para tirar a foto com o diretor da Cia do Latão.
cartaz-brecht 1 No primeiro dia o universo conspirou a meu favor e tive a oportunidade de ver e fazer, mais uma vez, uma oficina proposta por Fran Teixeira, diretora do grupo Teatro Máquina, dessa vez sobre o Fragmento Fatzer intitulada Gesto e Narração, tudo a ver com a nossa nova montagem a cerca do egoísmo. Fran, mais uma vez foi pontual como o gestus brechtiano e estimulou de maneira prática o trabalho que dirijo atualmente no Trilho. Das mesas de comunicações, foram fundamentais “Da destruição à ressurreição: Baal revisitado” de Leo Munk, sobre outro personagem egoísta, Baal, a da própria Fran e sua tese de doutorado “Peça didática, experimento e choque: o Fragmento Fatzer de Brecht como nova forma de narrar” e a última rechiadíssima da tal contradição: “Gesto Citável e a Formação de Consciência no Teatro Político de Camila Harger Barbosa, no último dia. Passo a ser Daniel na jaula dos leões, e me divirto!
A fala de Camila, imprecisa e nervosa deixou a desejar sobre essa pesquisa que parecia tão interessante, ao concluir compartilhou com os presentes o fato de ter sido tirada do espetáculo Patrão Cordial por estar com um nenê que, naturalmente se manifestava. Uma menina presente elaborou e nos leu um escrito referente a isso, usando a manifestação da criança como metáfora para o encorajamento de um posicionamento desse público de teatro acomodado. Ironia ou não, estava eu como público a assistir o espetáculo... Em resposta ao escrito e sim, propondo o exercício do aprender a estar de acordo coloquei minha versão de espectadora incomodada com a intervenção da criança, deixei claro que nada tenho contra crianças (é claro!) e que muito menos apoio qualquer truculência em relação à forma como a mãe foi convidada a se retirar, pelo contrário, coloquei que ouvindo a contextualização dela, de mãe solteira e há quase um ano sem ir ao teatro me parecia essencial ela estar ali com a criança. Sigo falando que muitas das regras sociais existem para que se possa contemplar a todos, afinal aquele não é um espetáculo para crianças, não é? O pai da menina ficou cuidando da neta para que a mãe explanasse sobre sua pesquisa, a criança ao ver a mãe chorava e tornava impossível a permanência dos dois na sala, vô e neta saiam. O relato, obviamente não desceu bem. O conflitão tinha sido instaurado, eu, Daniel havia me jogado na jaula dos leões.
No segundo dia de simpósio aconteceu no intervalo para o café, uma performance de uma menina que lia seu texto de maneira exaltada aos que ali estavam e seguiram tomando seu cafezinho com bolachas, o texto era bem interessante, todos tinham cópias, ela seguia, tirava a roupa, ao concluir, a inflamação foi ao ápice ao contar a todos que ao conversar com os alunos da UFRGS, ficara sabendo que os mesmos não tinha permissão para utilizar o Salão de Atos, que este era apenas para cerimônias e eventos importantes. Ela questiona: e para que falar de Brecht então?
personalidades-dramaturgos-alemanha-brecht1 Pois e não é que essa mesma menina agora tinha chiliques sobre meu comentário? Ao ponto de não querer deixar eu me posicionar. Eu disse: Ok. Podemos ficar apenas com tua posição, pode ser?  - Sua amiga diz: espera, gostaria de ouvir sim tua posição – e assim segui enquanto os chiliques também seguiam. Ao concluir ainda perguntei a menina “mãe” de que maneira a pesquisa havia colaborado para a sua consciência política. No que eu acredito conter um pouco de rancor, ela me responde: No meu teatro. Meu pai é comunista e praticamente cresci dentro de uma biblioteca, isso responde a tua pergunta? Respondo: sim, responde (preciso urgente comprar mais livros para ter consciência política!).
Concluo por fim, que uma posição contrária foi geradora de tamanha e maior inquietação do que um texto (bem escrito, repito) gritado e roupas tiradas. Que bom! A menina da performance ficou tão incomodada que seguiu na última conferência (antes de iniciá-la, obviamente) a reclamar de mim.
O público e o povo precisam gritar, sim!!!! Contra o mau serviço de educação, saúde, transporte, contra a corrupção, pastores homofóbicos e para todas as séries de injustiças sociais que povoam nesse sistema capitalista decadente e sanguessuga! Esse mesmo sistema que aliena e nos faz pensar que uma criança se manifestando em um espaço estruturado para adultos é um ato de coragem. Para mim, naquele momento, a coragem estava no exercício de saber escutar, pois um grupo relevante estava convidando o espectador atento a se posicionar sobre esse mesmo sistema que todos deveríamos combater. E gritar e não ouvir é tão contraditório quanto à própria vida.

terça-feira, 21 de maio de 2013

O Baú em NH por Giovanna Zottis


Foi neste domingo chuvoso e frio que estivemos em Novo Hamburgo. Chegamos cedo para deixar tudo em ordem para a hora da apresentação. E conforme ela ia se aproximando, a chuva ia nos assustando, por vezes mais forte, por vezes mais fraca, nos perguntávamos: Será que o público vem? Aquele domingo estava com cara de “perfeito para ficar em casa”.

Já iniciados os preparativos finais, nós nas coxias... Eis que um som animador começou a nos rodear, era a criançada em peso, animada, tomando conta do auditório! E a chuva lá fora, bem fraquinha, já quase nem se ouvia!

O baú em NH 2013 (1)


Estão pensando o quê? Que uma chuvinha ia espantar o público? Pois foram eles que espantaram a preguiça, abriram os guarda-chuvas, ligaram os para-brisas, e foram ao teatro. 250 pessoas que aqueceram nossa tarde de domingo. Uma delícia. E no final, como não podia deixar de ser, muitos cliques no baú!

O baú em NH 2013 (2)


Gostaríamos de agradecer e parabenizar a iniciativa da Feevale que em parceria com a Um Cultural realizam o projeto Cultura no Campus Infantil desde 2010, do qual tivemos a honra de participar da abertura da temporada 2013. Portanto, o projeto segue ainda até outubro, sempre com preços acessíveis (ingressos de 5 a 10 reais). Aos interessados, mais detalhes e a programação completa estão no site: http://www.feevale.br/cultura/cultura-no-campus

Giovanna Zottis
Integrante do Trilho

sexta-feira, 8 de junho de 2012

O Baú no Teatro Bruno Kiefer por Bruna Immich

O processo de fazer uma temporada não é nada fácil. Inscreve em edital, espera a resposta. Aprovados!!! Corre atrás da documentação para habilitação. Habilitados!!! Parece que está tudo certo, mas na verdade agora é que o trabalho começa: corre atrás de apoios, fecha parcerias, monta a arte gráfica, insere logos, faz vídeo, spot para rádio, entra em contato com a imprensa, agenda entrevista, cava espaço para matéria, divulga, entre muitos outros detalhes.

No dia 26/05 estava marcada a primeira apresentação das treze desta temporada. E neste dia chegamos às 11 horas no teatro Bruno Kiefer. Nosso cenário estava no depósito e, enquanto eu organizava com o Zé a montagem da luz a Carol  e Gi carregavam escada a baixo nosso cenário. Isso é que são atrizes.


025Neste dia e em todos os outros da temporada, estou aprendendo muito com o Zé (técnico responsável pelo teatro). Ele tem nada menos que 20 anos dentro daquele espaço e “se menino” me contou que quando começou, ficou quatro anos só carregando escadas para fazer o que faz hoje. Para quem não sabe, ele aprendeu sobre iluminação com nosso grande mestre Acir. Ver o Zé trabalhando naquele espaço, afinando a luz na vara interna do proscênio – que tem uma estrutura que parece uma calha de ferro - e fazendo a sua dancinha pra chegar à passarela da plateia me fez apelida-lo de Highlander.

Às 16 horas iniciamos a primeira apresentação. Plateia baixa cheia e assim está sendo toda a temporada. Em alguns dias o público é mais participativo e em outros mais atentos. Reações diversas, risos em cenas que não esperávamos. No final da apresentação todos aplaudem muito o espetáculo e na última, dia 03/06, uma senhora ao final fala da plateia “Bravo! Vocês são ótimas”.

Cada dia uma novidade. Inclusive a melhor de todas foi descobrir que onde hoje é o Teatro Bruno Kiefer era o sótão do Hotel Magestic, e a história do "O Baú -Lembranças & Brincanças" se passa em um sótão. Coincidência ou não, seguimos em temporada neste antigo sótão, o Teatro Bruno Kiefer, até dia 24/06, sempre aos sábados e domingos às 16 horas.

Bruna Immich
Integrante do Trilho

segunda-feira, 28 de maio de 2012

O Baú no Palco Giratório por Fábio Castilhos

Sexta (25/05), acordar cedo, ir até o Ferrinho para carregar o cenário e levar até o SESC Centro. Mas para nossa surpresa, fomos recepcionados por um caminhão e dois carregadores! Que barbada, nenhum esforço. Rapidinho tudo dentro do caminhão e vamos embora.

Na hora de montar a luz, tinha mais equipamento do que necessitávamos, motivo de alegria e diversão para a Bruna Immich, a nossa iluminadora. Os técnicos Osmar, Luciano e Deivison extremamente atenciosos, bem humorados, um trabalho tranquilíssimo. Já deixo aqui o nosso agradecimento a esses profissionais maravilhosos.

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Foto: Bárbara Ferraz

Às 15 horas começou a apresentação. Teatro do SESC lotado, com muitas, muitas crianças! Foi nosso maior público até então, e também a maior concentração de crianças na plateia. No início elas estavam bastante ansiosas, falantes, querendo participar a todo o momento. Reagiam muito, rindo, fazendo alguns comentários sobre a cena. Mas também teve momentos de total silêncio, que era impressionante. Foi uma experiência e tanto para as atrizes, pois o público estava muito animado e participativo. Quando esperar a reação do público, quando jogar com eles.

Ficamos muito felizes por poder participar desse grande festival que é o Palco Giratório. Quero agradecer a toda equipe do SESC, principalmente a Jane Schoninger pelo convite.


Fábio Castilhos
Integrante do Trilho


                                                                                                                     

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O Baú em Passo Fundo por Giovanna Zottis

Domingo (20/05) nos apresentamos na Avenida Brasil Centro, no teatro do SESC em Passo Fundo. Chegamos no sábado à noite e curtimos um friozinho na cidade gaúcha (desde a estreia em outubro, nunca meu figurino pareceu tão apropriado!). Quem nos guiou nesta "trip" foi Vener.

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Da esquerda para a direita: Giovanna Zottis, Vener (nosso grande "motora") e Caroline Falero

Pela manhã foi iniciada a montagem e eu e Carol ganhamos mais umas horinhas de sono! (Que folga, não?)

À tarde afinamos a luz e concluímos a montagem do cenário. Abro aqui uma brecha pra falar da luz e agradecer a disponibilidade do técnico, que se chama Edegar (mas que desconfio ser o verdadeiro Peter Parker), que com destreza percorria o urdimento para deixar a luz no ponto certo.

A apresentação aconteceu às 16h. O público foi bastante receptivo. Durante a peça mesmo já ouvimos algumas espontâneas frases vindas do público entre outros cochichos feitos com os amigos e pais: "parece a gente hoje!", "é mesmo!"... E no fim tivemos o retorno das crianças e pais que subiram no palco, sejam em forma de elogios, abraços, fotos no baú ou ainda a gratificante frase que nos disse nossa pequena espectadora especializada Taís: "Eu venho desde pequena aqui no SESC, e esse foi o teatro que eu mais gostei", e depois subindo as escadas de braços abertos como se dançasse dizendo "Eu adorei!".

Equipe Baú e SESC PF
Da esquerda para a direita: Fábio Castilhos, Giovanna Zottis, Andressa (SESC), Bruna Immich, Edegar (técnico do SESC) e Caroline Falero

Parabéns ao SESC por esse trabalho de formação de público tão necessário.

Um agradecimento especial à Andressa, Agente de Cultura do SESC Passo Fundo pelo carinho e receptividade.

Antes de nos despedirmos, ainda deixamos uma dedicatória em um cartaz. Esse fará parte de uma exposição de final ano, onde todos os cartazes dos espetáculos que passaram por lá atraem os frequentadores e os convida a relembrar as peças assistidas durante o ano.
Gi


De volta a nossa cidade, fomos recebidos pelo Seu Hélio, que gentilmente nos esperava no Ferrinho, até quase meia noite. Trouxemos uma lembrança especial deste dia, e uma vontade de retornar a esta cidade tão acolhedora.
 

Giovanna Zottis

Integrante do Trilho

quinta-feira, 3 de maio de 2012

O Baú em Novo Hamburgo por Caroline Falero


Dia 29 de abril de 2012 

Nesse novo ano, novas conquistas e desafios para Dindim e Pimpolha. O Trilho inicia a primeira de muitas (se Dio quiser!) viagens com o espetáculo O Baú – Lembranças e Brincanças, dessa vez para nossa vizinha Novo Hamburgo. O dia frio em nada mudou os planos para a viagem que se cumpria com perfeição, seu Vener da van já nos esperava no Ferrinho e logo começamos a função de carregar o veículo e partir. Chegamos ao teatro municipal Paschoal Carlos Magno (teatrão de 500 lugares) e fomos muito bem recebidos pelos rapazes da técnica, logo a luz do sótão surgia e o nervosismo também. Todo o atendimento foi de primeira e ainda contamos com o Rafael da Um Cultural, que nos acompanhou no almoço e ao longo da tarde.

Baú NH 3


Vem chegando a hora da apresentação e claro, vamos ficando nervosos com a expectativa do que seria essa relação com as crianças da cidade em meio aquele teatro gigante. Inicia a entrada das “pessoinhas”, muita conversa, risos e música, uma menina tenta puxar um coro: “Começa! Começa!”, mas apenas dois ou três a seguem e ela desiste...ufa... Já pensou? Ahahahaha.

Começando a música inicial o público estava ainda agitado, mas como de costume logo acalmaram ao verem as atrizes chegar e falar diretamente com eles... Inicia o espetáculo. Teve de tudo, um menino que repetia nossas falas, se divertindo com isso, crianças cantando junto, rindo junto, crianças de pé na frente do palco, sorrisinho amarelo dos pais, mas dentre as intervenções a que mais nos chamou a atenção foi a que ao mencionarmos que “quando a gente é criança, a gente acaba uma amizade por qualquer coisa” um menino na mesma hora responde: “Pior que é bem assim mesmo!”

Baú NH 2


Inicia-se o ritual de fotos, de mais variadas respostas sobre o conteúdo do baú, as despistadas nas crianças que tentam abrir o baú ou pegar o trombone preso na cadeira, isso acaba exigindo talvez mais atenção do que a própria encenação, mas se torna tão gratificante para o grupo, ver o agradecimento dos pais, a presença dos colegas, a alegria das crianças por estarem compartilhando desse momento conosco... Acabou se destacando para nós o abraço sincero de duas adolescentes que estavam entre a criançada, foi um abraço apertado e incomum, eram as duas únicas adolescentes, inclusive acho que vieram juntas e pareciam emocionadas com o que viram, curiosas, perguntavam nossa idade e se surpreendiam ao saber a diferença de 10 a mais anos da delas, viam então novos elogios e fotos e mais fotos.

Baú NH 1


Seu Vener nos aguardava ao final do espetáculo e de volta ao núcleo duro do real, nos encaminhamos para a desmontagem e carregamento, para concluir o dia no lugar onde tudo sempre começa... No Ferrinho!

A próxima é Passo Fundo, novas aventuras nos esperam e que venham, pois somos crianças valentes.


Caroline Falero
Integrante do Trilho
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