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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Conversas abertas - Do Facebook para o face a face (3)

Ontem (26/01) ocorreu na Casa de Teatro o terceiro encontro "Conversas abertas - Do facebook para o face a face", organizado pelo Sated/RS. Havia poucas pessoas, mais ou menos 15, principalmente se formos comparar com os dois primeiros encontros no qual haviam 60 no primeiro e 100 no segundo. Mesmo com o pequeno número de participantes a discussão foi acalorada. Não por menos, as pautas eram bastante polêmicas e geraram reflexôes que iam além delas próprias. Foram 4 pautas, tentarei fazer um resumo de cada uma:


Esta lei criada pelo Vereador Aldacir Oliboni deu o que falar no finalzinho do ano passado, como pode ser conferido aqui. A primeira questão é que o artigo 5 inciso IX da Constituição Brasileira de 88 já prêve o seguinte: IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

Ou seja, essa lei é inútil e além disso é fraca, pois tem furos, por exemplo não determina quem fiscaliza e nem quem emite a licença, burocratiza a arte popular e ainda tem um grande risco de se tornar um meio de repressão aos artistas. Por isso a luta é: ou derrubar a lei via advogados ou modificá-la através da câmara.

Dentro desta pauta ainda tinha a questão do Largo Glênio Peres (mais informações clique aqui e aqui) que teve uma restrição de atividades, inclusive artísticas, e também está em processo de concessão para uma empresa de refrigerantes (na verdade a empresa patrocinou um restauramento da área, ninguém sabe se a concessão foi assinada ou não). O fato é que da mesma forma estão limitando a livre expressão em um espaço público. Bola fora da Prefeitura de Porto Alegre.

2 - Fumproarte e Lei do Funcultura - Luta pelo aumento dos recursos. 

A questão inicial foi da necessidade e constitucionalidade da equiparação dos valores orçamentários do Fumproarte e Funcultura (informações aqui e aqui)

Porém a questão dos recursos foi só a ponta do iceberg. Falou-se da necessidade de uma reformulação do Fumproarte, da possibilidade de um financiamento de 100% do projeto e não 80% como é hoje, da falta de critério e preparação da comissão avaliadora, entre outros pormenores necessários para uma atualização de fato. 

3 - Teatro para público infantil - Pauta reduzida no Edital dos Teatros Municipais

Esta foi a pauta que mais se divagou, até por que o buraco é bem mais embaixo. O quadro funcional é pequeno e os espaços precisam de manutenção. Há 30 anos não se constrói um teatro municipal em Porto Alegre. Enfim, o mais triste é ver que sempre que se tem que cortar algo, começa pelo Teatro Infantil. Foi organizado uma comissão para traçar um evento no Dia Mundial do Teatro para a Infância e Juventude, que é 20/03, data instituida pela ONU em 2002.   

4 - PL 410/2011 que virou Lei - Sistema Estadual de Apoio e Incentivo a Políticas Estratégicas / SISAIPE

A PL não foi vetada, porém se conseguiu uma garantia da não diminuição de verbas para o FAC. Para entender melhor o que mudou na LIC, acesse aqui.

Bom, esse foi um resumão do que aconteceu na reunião, tentei reunir o máximo de informações extras sobre cada caso para quem está por fora tentar entender o que está acontecendo.

Agora é esperar a próxima e ficar de olho nas notícias e nas ações que possivelmente ocorrerão.

Fábio Castilhos
Integrante do Grupo Trilho

 

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Tonho Crocco X Gangue da Matriz

O músico Antonio Carlos Crocco, mais conhecido por Tonho Crocco, fundador da banda Ultramem, está sendo processado por intermédio de uma ação no Ministério Público encaminhada em nome do ex-presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul e atual Deputado Federal do PDT Giovani Cherini por crimes contra a honra.

No dia 21 de dezembro de 2010, 36 deputados estaduais votaram a favor do aumento de 73% de seus próprios salários. O substituto do Projeto de Lei 352/2010, elevou o salário dos parlamentares de R$ 11.564,76 para R$ 20.042,34. Em menos de 24h, Crocco, conseguiu compor e gravar o vídeo protesto "Gangue da Matriz" no qual ele cita o nome dos 36 deputados que votaram a favor do aumento.



Em 12 de janeiro, uma representação para que o Ministério Público Estadual investigasse se o rap poderia ser compreendido como crime foi protocolada na Procuradoria-Geral de Justiça. No documento o parlamentar afirma que o protesto "afasta-se da manifestação saudável e democrática para inserir-se no capítulo de crimes contra a honra".

Agora eu me pergunto: o que seria, para o Deputado Cherini, uma manifestação saudável e democrática? Será que ele considera saudável (e democrático) os próprios deputados aprovarem um aumento de 73% no seu salário, o que causa um impacto de mais ou menos R$ 466.266,90 por mês, ou seja, por volta de R$ 5.595.202,80 por ano a mais aos cofres do Governo Estadual?

Sabe o que isso significa? Um gasto anual - contando o total dos salários dos deputados - que gira em torno de R$ 13.227.944,40, que é praticamente a METADE do orçamento anual para a cultura do estado (que está em torno dos 29 milhões de reais). Todas essas contas feitas de forma simplória, sem contar 13º e 14º salário, mais as bonificações e auxílios que os excelentíssimos  deputados recebem.

E o Ministério Público? Como está reagindo? Bom, com suas próprias palavras: “Em nenhum momento, mesmo numa análise preliminar, houve qualquer ato do Ministério Público que pudesse, ainda que indiretamente, ser interpretado como censura. Pelo contrário, o procedimento, a rigor, segue a postura sempre defendida pelos meios de comunicação, de eventual e posterior responsabilização, caso configurada situação de abuso da liberdade de expressão.”  

Abuso da liberdade de expressão??? Não sou advogado, e às vezes certas profissões contém vocábulos próprios que significam algo bem específico que é para os leigos não entenderem mesmo. Mas neste caso vou me arriscar um pouco, mesmo correndo o risco de incorrer em erro.

ABUSO são obras e eventos públicos sem licitação ou com licitação mal fiscalizada com orçamentos absurdos, ABUSO é uma polícia corrupta, ABUSO é o gasto dos governos em publicidade e em campanhas, ABUSO são os vários casos – praticamente diários – de desvios de verbas, corrupção, propina, etc. etc. etc. dos nossos políticos em todas as esferas, seja municipal, estadual ou nacional. Todos ABUSOS que o Ministério Público poderia, talvez, se preocupar em investigar. Nesse contexto, abusar da liberdade de expressão, me parece que não deveria ser considerado crime... Mas não esqueça, estou correndo o risco de incorrer em erro...

Acho que o mínimo que podemos fazer é divulgar ao máximo este absurdo e quem puder ir, a audiência preliminar acontece no dia 22 de agosto de 2011, segunda-feira às 15h no Foro Central de Porto Alegre/RS. 



Fábio Castilhos
Integrante do Grupo Trilho

PS: Li em algum lugar que o próprio Tonho Crocco está pedindo que o pessoal chegue às 13h30min.


quarta-feira, 8 de junho de 2011

Os que lutam

Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis


Para escrever o poema Os que lutam, Bertolt Brecht pôde inspirar-se em nomes que iam de Rosa Luxemburgo a Lenin, indivíduos cujos fenômenos sociais dos quais emergiram e foram construtores, transformaram ou abalaram irreversivelmente o mundo. Para escrever tal poema B.B pôde ter se inspirado em lutadores sociais anônimos ou inclusive nele mesmo sem nenhum resquício de arrogância, apenas fazendo jus à sua própria trajetória como dramaturgo militante e exilado da Alemanha nazista.
Para acabar com o poema Os que lutam, Galvão Bueno se inspirou em outro fenômeno, Ronaldo, quando o recitou durante a transmissão do jogo de "fim de carreira" do jogador.

O dia de ontem foi de saídas, e saíram os que não tinham saída. Uma mídia preparou a despedida do número 1 da Dilma, a outra do número 1 da Brahma. 
De comum entre os 2?

Ronaldo tinha como prática jogar futebol, atividade tão legítima quanto qualquer outra, até que sua imagem como jogador de futebol  tornou-se um patrimônio muito mais rentável do que a prática futebolística a ponto de transformar-se em antítese de um esportista, o logo da cerveja. Ronaldo - o centroavante - não separou o joio da cevada e a barriga de cerveja não tardou em crescer. A mídia tinha então à disposição uma imagem informe a qual podia moldar  às jogadas publicitárias. Bertolt sabia: Um homem é um homem...

Palocci tinha como prática fazer política, atividade tão legítima quanto a de médico sanitarista, até que sua imagem como gestor público tornou-se um patrimônio muito mais rentável do que a simples prática política a ponto de transformar-se em antítese de um homem público, do bolo: a cereja. Palocci - o centroesquerda - não separou o público do privado e seu projeto não tardou em crescer. A mídia tinha então à disposição uma imagem formidável de como a socialdemocracia podia moldar-se às jogadas da classe dominante. Palocci sabia: O homem é o lobbying do homem...

Os dois profissionais valem muito no mercado, um é vendido no estádio, o outro vende o Estado. Eis os fenômenos.
Um é o que o capital precisa. O outro é o que o capitalismo precisa.
E os precisa desiguais e combinados seja por um dia, uma vida ou um ano, pois eles são
os imprescindíveis.

Ana Campo
(Super)Colaboradora do Grupo Trilho

sábado, 30 de abril de 2011

Fábula

Nasci em 1983, em outro mundo.

Li (me leram) os clássicos, alguns deles, Chapeuzinho Vermelho, Alice no País das Maravilhas, As Viagens de Gulliver. Nunca tive um só livro de princesas, Cinderela, Branca de Neve me eram longínquas, estranhas, os sete anões sim, estes eram populares, havia monumentos em sua homenagem nos jardins, no Uruguay havia tantos monumentos aos sete anões que pensava que haviam ajudado Artigas na luta pela independência do país. Mas eram as fábulas que vinham de graça em uns alfajores, que compunham minha vasta biblioteca de quase dez livrinhos. Os alfajores eram uma porcaria, mas as fábulas bem ilustradas em miniatura fascinantes, quando acabaram com a moral no mundo a fábrica deve ter falido. Mais tarde, com 6, leram para mim Horacio Quiroga, mas isso não vem ao caso, só comprova um esforço desmedido por parte dos tutores para tornar-me uma criança o mais esquisita possível. Deus? Só entrava na casa da vizinha, na frente da porta tinha um santo perto dos anões.


Cheguei ao Brasil em pleno Fora Collor em tempo de comemorar jogando papeizinhos picados da janela do sétimo andar. O muro já tinha caído e eu achava que eles só existiam para que os gatos desfilassem por cima.
Li (me leram) os clássicos, Manifesto Comunista, Que Fazer?, A Revolução Permanente. Por aqui os alfajores são tão ruins quanto aqueles em que vinham as fábulas, decidi baixar a glicose no sangue mas comprei a Revolução dos Bichos.
Me detive só nas teses revolucionárias, as que defendiam o latifúndio e o capital estavam no poder, podia apreciá-las na prática que é sempre mais rica que a teoria. E esta prática era muito rica, para poucos.
Com muro ou sem muro eu estava do lado certo, do lado daqueles que lutavam, ocupavam as ruas e as esplanadas contra privatizações, sucatemento de serviços básicos, concentração de terras, corrupção.
De lá para cá tudo mudou, e mudou tudo para não mudar quase nada...

Nesta sexta-feira, a sociedade do espetáculo preparou os meios de comunicação para o casamento do ano: o principe William e a plebeia Kate. Mas Kate Middleton é moderna e ri: "Ele tem sorte de estar comigo" .
E tem mesmo, o nobre tem muita sorte de estar com a plebeia, tem sorte de não haver perdido a cabeça junto com seus pares franceses e, em pleno século 21, esbanjar R$ 50 milhões na cerimônia de seu casamento no momento em que a economia europeia agoniza e seus trabalhadores e estudantes arcam com planos de escassez, sempre começando por contrarreformas da previdência e cortes nos investimentos em educação. Na manhã de hoje, milhares de ingleses saem às ruas, para acompanhar o casamento real, com certeza não são os mesmos que somaram cinquenta mil contra cortes nas universidades inglesas no final de 2010. Os milhões que sobram no casamento faltaram ao povo do Egito que teve historicamente até suas múmias saqueadas por burguesia e nobreza inglesas e paga caro pela crise que impacta desde 2008. Ao longo da história e até os dias de hoje, direta ou indiretamente o Reino Unido - nem tão unido assim - sangra países do norte africano cujos povos ocupam as ruas e praças de suas cidades, organizam greves inéditas, avançam em formas democráticas de poder perante ditaduras até então legitimadas pela UE. Não durou somente o tempo necessário para vender revistas, jornais e mídia, está acontecendo, dia após dia.


No Reino Unido, o principe tem sorte de ter Kate representando a plebe. No Brasil os ruralistas tem sorte de ter Aldo representando a plebe, só não o comparo Chapeuzinho Vermelho sendo enganada pelo lobo pois ela ainda tinha floresta para cantarolar até a casa da vovó. Agora estamos sob efeito Alice:no país das maravilhas. No país da Alice se privatiza aos poucos, parcelado, fragmentado, por etapas, como a revolução.

Durante o trajeto para o casamento de Willliam e Kate duzentos cavalos marcharam ao lado da comitiva real. Cavalos são animais altivos e sensíveis, muito dignos, esperava que os duzentos cavalos se revoltassem se amotinassem contra tanta desigualdade e escracho.    

Sobreviviendo 
Leon Gieco Victor Heredia

Me preguntaron como vivia me preguntaron
dije sobreviviendo

Tengo un poema escrito mas de mil veces
en el repíto siempre que mientras alguien
proponga muerte sobre esta tierra
y se fabriquen armas para la guerra
yo pisare estos campos sobreviviendo

Todos frente al peligro sobreviviendo
tristes y errantes hombres sobreviviendo
sobreviviendo
Hace tiempo no rio como hace tiempo
y eso que yo reia como un jilguero
tengo cierta memoria que me lastima
y no puedo olvidarme lo de Hiroshima
cuanta tragedia sobre esta tierra

Hoy que quiero reirme apenas si puedo
ya no tengo la risa como un jilguero
ni la paz de los pinos del mes de enero
ando por este mundo sobreviviendo

sobreviviendo 

Ya no quiero ser solo un sobreviviente
quiero elegir el día para mi muerte
tengo la carne joven roja la sangre
la dentadura buena y mi esperma urgente
quiero la vida de mis simientes

No quiero ver un día manifestando
por la paz en el mundo a los animales
como me reiria ese loco día
ellos manifestandose por la vida
y nosotros apenas sobreviviendo

sobreviviendo ...

Ana Campo

sábado, 11 de dezembro de 2010

RBS no Osso

Era o auge de três dias de ensinamentos, rituais, medicina Kaingaing.

O tradicional batizado no qual o chá frio é bebido e derramado sobre a cabeça, também serve de cura àqueles que já passaram pelo bautismo. Pajés do interior do estado estavam no Morro do Osso, localizado na zona sul de Porto Alegre, para o evento organizado pela comunidade Kaingaing que lá vive desde 2004, composta por 31 famílias.

Eu fui de ônibus Serraria que me deixou na boca do morro. A vista, o guaíba, o sábado, deslumbrantes. Até os índios o caminho é de casarões e silêncio desértico, a subida convida a perder-se e achar alguém para certificar-me de que a memória não anda tão mal é tarefa difícil. Quem existe ali são os porteiros, pintores, seguranças. Por sorte, abordei uma moradora saindo de casa, arredia abriu a janela do carro e me deu indicações. Chegando à comunidade, o cenário é outro. O conforto? Do lado de fora, entre as árvores, à sombra, as casas de madeira apenas necessárias. Muita gente, música e a alguma fumaça das ervas em queima para preparação do chá.

Não estava lá para ser batizada, curada ou passar por qualquer manifestação estranha a meu ceticismo e sim para aprender sobre ervas e rever os amigos Kaingaingues sempre ativos culturalmente e lutadores cônscios de seu direito à moradia e da garantia do respeito à sua ancestralidade.

Na fila do chá, uma repórter. Televisiva, ela anunciava em alto e bom som que seria batizada, o cacique alertou: - Será curada. Biólogos, antropólogos, amigos, registrávamos aquele encontro de pajés com nossos mega pixels. O estranhamento já estava quase brechtiano sob a literal narração de cena protagonizada pela repórter quando o “câmera”que a acompanhava escrachou de vez e bateu boca com Luis, que fotografava ao lado. A disputa? Por espaço para captar as imagens.

A discussão não teria cabimento ali, em meio aos pajés, em meio a tudo. O cacique interveio prontamente e exerceu a liderança que lhe foi incumbida, pela qual responde diariamente e, durante a qual foi covardemente baleado pela Brigada Militar em operação da SMIC em pleno Brique da Redenção. E o cacique Valdomiro disse à equipe da empresa de comunicação mais poderosa do estado que ali não era local de intolerância e prepotência, que todos ali tinham direito ao registro, que nenhum convidado seria desrespeitado e mais, que dali saíssem imediatamente e deixassem as imagens como prova cabal de quem tumultuou a cerimônia.

Candidatos de A a Z que se aliam ao diabo para ter mais dois minutinhos de tv durante as campanhas eleitorais, pasmem, o cacique pôs a RBS morro abaixo. E tudo continuou como previsto, os pajés batizando, quem desejava devidamente batizado, a música testemunhando, as câmeras registrando, eu anotando. O cacique pedindo desculpas pelo comportamento, dos outros. Meu vegetarianismo não ficou para o churrasco. O ceticismo? Nunca em relação ao ser humano, em meio a debates infindáveis e abstratos sobre democracia e direito na sociedade de classes pós-moderna, o cacique provou que sua ancestralidade entende de democracia, direito e dignidade. Que democracia é qualquer coisa menos o aparente multiculturalismo apresentado pelo monopolismo.

A disputa por espaço? Disso o Maurício, a Ione, o Jayme, a Marlene entendem muito bem, afinal, seus “empreendimentos” de RBS a MAIOJAMA desejam, de um jeito ou de outro, estar no morro para captar as melhores imagens.
Ana Campo
Colaboradora do Grupo Trilho

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Diálogos na Esquina

Em 2009 o déficit de policiais militares no estado chegava a dois mil. Este ano, houve notório reforço do quadro da Brigada, a maneira pela qual nos damos conta deste aumento é, infelizmente, na verdadeira faxina social que vem ocorrendo na cidade de Porto Alegre. Na Cidade Baixa, bairro no qual resido, intervenho, consumo, passeio, os moradores em situação de rua foram vaporizados, restando alguns poucos, aqueles que, por desgraça, ganham visibilidade que os “blinda” de abordagens policiais como é o caso do senhor pixado enquanto dormia na Rua Lobo da Costa recentemente.
Mas não somente a parcela passiva da miséria é alvo deste operativo velado, a produção cultural popular, sua reflexão e crítica precisa ser removida da programação da cidade que, em 2014, deverá estar em condições cinematográficas para transmissão do maior espetáculo da terra produzido pelo novo Vaticano dos tempos neoliberais: a FIFA .     
O campo deve ser preparado para o jogo lúdico da confraternização dos povos e, como os milhares de aparelhos de TV de plasma que serão vendidos para contemplar tal exibição dispõem de alta definição na imagem, é melhor garantir que tudo esteja no seu devido lugar. O futebol? Equivocam-se os que dizem que ele aliena o povo, ele foi alienado do povo e transformado em fábrica de lucro. O futebol será mero tema da Copa. Na África do Sul, a “Santa Inquisição” da Federação instaurou suas leis e premissas para o evento, resultando em alguns indivíduos condenados a uma década de prisão pelo roubo de uma carteira, moças promotoras de marca de cerveja concorrente da cerveja anunciante oficial, detidas pela policia...
A reconfiguração do que aparece no cenário urbano é vital para o espetáculo de 2014, e esta vai desde a ampliação meramente arquitetônica do HPS - que carece de setenta médicos e mais de uma centena de técnicos - ignorando completamente as necessidades dos moradores da zona sul de Porto Alegre urgentes de um hospital na região, até o enquadramento da cultura produzida na cidade, mais precisamente quando esta não se presta à exaltação folclórica do que convém ao espetáculo.  O recado é claro, esta cidade será contada pelas empresas patrocinadoras da Copa, portanto, parafraseando Chico, artista: Cálice!
Ao meio-dia desta quarta-feira, a Rede Brasileira de Teatro de Rua /RS, realizou a abertura de uma tarde de espetáculos de rua em manifestação contra as recentes repressões protagonizadas pela polícia contra artistas no centro da cidade. Os Diálogos na Esquina inaugurados hoje terão prosseguimento com o objetivo de denunciar estas ações abusivas e retomar o caráter democrático da Esquina, este espaço público será reivindicado de maneira orgânica fazendo jus à sua história e não simplesmente romantizado como “museu”  de luta por democracia para turista ver.
 Ah, o argumento... O argumento alegado para tais ações é sempre defender o direito de ir e vir da população, o qual os artistas cerceariam. Ora, se há algo de significante que cerceie o direito de ir e vir de grande parte da população desta cidade é o valor astronômico do transporte urbano, um dos mais caros da América Latina (!), que impossibilita inclusive, o acesso à cultura, popular, folclórica, crítica ou acrítica.   

Ana Campo
Colaboradora do Grupo Trilho

domingo, 14 de novembro de 2010

Bom tom?


Fazer teatro, trabalhar com arte no Brasil não é tarefa fácil. O tal do mercado cultural, a indústria, é para poucos e são muitos os que fazem arte na garra, na teimosia. Com certeza a situação vem melhorando, há anos atrás era muito pior, menos verba, censura, ditadura, enfim, eram maiores os percalços para os artistas. Isso, porém, não diminui o mérito dos artistas de hoje, principalmente daqueles que não se entregam ao simples comércio de arte.
Falo isso porque aconteceram recentemente dois fatos em Porto Alegre que me fazem refletir sobre a dificuldade imposta aos artistas, e ainda por cima aproxima-se perigosamente com a época da ditadura. Primeiro, no dia 16 de outubro o grupo de teatro Levanta Favela foi interrompido pela polícia em plena esquina democrática, e agora, 12 de novembro, na Feira do Livro, a poeta e escritora Telma Scherer também é interrompida e detida pela Brigada Militar enquanto fazia uma performance.

Quais são os reais motivos para esses atos de repressão por parte da Brigada? Distúrbio público? Não ter autorização para se apresentar? Incitar perigosamente o povo? Atrapalhar a livre circulação e principalmente o livre comércio dos transeuntes e lojistas? Hum... Ainda me parece pouco... Talvez não fosse do gosto estético da nossa polícia? Quem sabe se convidássemos alguns tenentes, capitães e soldados e talvez alguns cabos da nossa Brigada para fazer parte do júri dos prêmios de arte de nossa cidade, quem sabe assim descobrimos qual é o seu gosto estético e então já não mais correríamos o risco de nos equivocar e de sermos presos por aí por um simples mal entendido estético-artístico. Seria de bom tom nosso, convidar também alguns vereadores, deputados, prefeitos, governadores, lobistas, empresários de grandes corporações, para fazer parte desse júri. Assim não teria mais equívoco, não mesmo.

Aproveito para deixar um convite a todos:

A Rede Brasileira de Teatro de Rua (RS) convoca a todos para participar do Diálogo na Esquina. Ato em repúdio ao desrespeito com os artistas, à autorização para apresentações e cobrança para utilização de espaços públicos, que pertencem a todos nós!
Dia 17 de Novembro, 4ª feira, à partir do meio-dia.
NA ESQUINA DEMOCRÁTICA, CENTRO.


Seria de bom tom que os nossos futuros jurados fossem presenciar esse acontecimento.



Fábio Castilhos
   Integrante do Grupo Trilho


Ps: Links para mais informações sobre os dois acontecidos: Levanta e Telma.

sábado, 2 de outubro de 2010

Golpes!

Há algo de podre no Reino da América Latina! Duas tentativas de golpes, uma no Equador, outra em Porto Alegre. No primeiro o governo, no segundo a liberdade de expressão. E a grande mídia dando um jeitinho de esconder.

No Equador depois de uma manifestação dos policiais, o Presidente Rafael Correa foi agredido e levado para o hospital. Para acompanhar melhor o que está acontecendo acesse:
MST 
Granma
Adital
Brasil de Fato
Carta Maior
Rebelion

Em Porto Alegre o jornal "JÁ" está ameaçado de ir a falência por um processo com claras intenções políticas. No dia 8 de outubro, às 19 horas, no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, vai acontecer o Ato pelo direito à informação.
Mais informações deste caso acesse:
Conversa Afiada
Observatorio da Imprensa
Jornal Já

domingo, 22 de agosto de 2010

Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir Pela fumaça, desgraça, que a gente tem que tossir

Fato ocorrido em julho deste ano.
 
 
Hoje, 4:30 da manhã me dirigi ao Posto de Saúde Modelo da capital para chegar na fila em tempo de conseguir lugar que me garantisse adquirir ficha para  atendimento com clínico geral a fim de tratar uma infecção urinária.  Havia lá gente desde 02:30 h, sem novidades... Boa parte das pessoas que moramos nesta renomada capital já assimilamos mecanismos dos mais variados para driblar a escuridão da madrugada, o gelo de julho (não é que doença gosta do frio gaúcho?)  e alguma contingência  qualquer e, nessa rotina a solidariedade derivada, quem mora perto busca café para todos, quem traz jornal volta sem ele,  quem fica guarda lugar de quem sai mas volta, quem tem horas diz, quem sabe informa,  quem não ajuda não atrapalha.  Mas já havia dado no jornal e aconteceu, choveu. Uma forte chuva desabou o céu às 05:20 em Porto Alegre.
 
Na foto do celular umas pessoinhas molhadas, de longe, nada perto do que se vê por aí - crianças horas a fio em filas de hospitais, velhos terminais sem vaga para internação, alguns médicos-deuses com o “destino” das pessoas nas mãos porque ALGUN$ meteram as mãos nos recursos, de tudo. Mas dando um zoom, lá estavam : Angela Maiato, Libero Maiato, Neli Campidelli, Margarida De Jesus, Elisabete Borba, Jorge Lopes Goulart, Júlio Plínio Teixeira, Ariovaldo Medeiros, Marta Quintana Mandatare, Danilo Batista Vieira, Ramão Padilha, Eloina Flores,  Julio Cabral, Paulo Diehl, Maria Idalina, Rosalina  da Silva, Osmar Teixeira, Williams Monteiro, Ivone dos Santos, Nair da Silva, Antonio Oliveira, Lígia Castro, Renildo Moura, Neli Cabral, Thales Prado, Zilca Gollo, Beatriz Limberguer, Lisandro Suslia, Luis Alves, Neusa R,. Santos, Ana Campo.
 
Aquelas tinham 70, uma 77, outro um marca-passo, eu não poderia molhar-me, ninguém poderia molhar-se.  Mas o guarda responsável pela segurança do posto negou-se a acolher-nos no local alegando orientação superior. -Tudo bem amigo, entendemos, entre em contato com seu superior e haja rápido, pois os velhos estão ensopando. Foi negada a abertura do saguão, desta vez não entendemos.
Adentrar madrugadas para garantir um serviço público e universal já é no mínimo ultrajante quando sabemos que o dinheiro de todos e de cada um é desviado, transviado e qualquer coisa que se possa imaginar - que se tolere esta situação como única possibilidade para conseguir assistência não naturaliza ou dignifica este estado de coisas – ser deixad@s  na chuva intensa e ter o acesso negado a um estabelecimento público esgotou a paciência de tod@s, só a paciência, pois continuamos molhados até 07:20 hora em que se abriram as portas.
 
Registrei queixa junto à administração do posto e à Prefeitura de Porto Alegre, que deveria propiciar estrutura e orientação 
aos postos evitando a gladiação entre usuári@s e funcionári@s, temos direito a não padecer cada vez que seja necessária utilização do serviço, qualquer argumento terrorista que minimize o fato extrapolando a bárbara realidade da saúde pública na cidade, no Estado e no país, não atenua o senso de dignidade e respeito que, sabemos, merecemos em tudo.


Ana Campo

domingo, 6 de junho de 2010

Caem as máscaras, o mundo viu e reaje!





Caem as Máscaras, e Israel não pode negar o que fez!


O ataque mortal de Israel à frota de barcos humanitários que iam em direção a Gaza chocou o mundo - Avaaz.org - Assine a petição
[ tags: Apoio, Divulgue, Gaza, Israel | | 6/02/2010 ]

Nós como artistas devemos contestar sobre essa barbaria.

O mundo está abalado com o ataque de Israel a uma frota que tentava chegar a Gaza com ajuda. Chegou a hora de investigação profunda e de acabar com o bloqueio Gaza. Assine a petição mundial, depois repasse essa mensagem: :





O ataque mortal de Israel à frota de barcos humanitários que iam em direção a Gaza chocou o mundo.

Israel, como qualquer outro Estado, tem o direito de se defender, mas isso foi um uso abusivo de força letal para defender o bloqueio vergonhoso de Israel a Gaza, onde dois terços das famílias não sabem onde encontrarão sua próxima refeição.

As Nações Unidas, a União Européia e quase todos os outros governos e organizações multilaterais têm pedido a Israel para acabar com o bloqueio, e para lançar uma profunda investigação sobre o ataque à frota. Mas sem pressão maciça dos seus cidadãos, os líderes mundiais vão limitar sua resposta a meras palavras – como eles já fizeram tantas vezes.


Vamos gerar um clamor global tão alto, que não possa ser ignorado. Assine a petição para exigir uma investigação independente sobre o ataque, a responsabilização dos culpados e o fim imediato do bloqueio à Gaza – clique para assinar a petição, e depois repasse essa mensagem a todos os que você conhece:

http://cdn.avaaz.org/po/gaza_flotilla/?vl



A petição será entregue às Nações Unidas e aos líderes mundiais, assim que alcançarmos 200.000 nomes – e novamente a cada oportunidade à medida que a lista for crescendo e que os líderes forem reagindo à situação. Uma petição massiva em um momento de crise como esse pode demonstrar aos que estão no poder que declarações e notas à imprensa não são suficientes – que os cidadãos estão prestando atenção e demandam ações concretas.


Enquanto a União Européia decide se irá expandir suas relações comerciais com Israel, e o Obama e o Congresso Americano definem o orçamento para ajuda militar a Israel para o ano que vem, e vizinhos como a Turquia e o Egito decidem seus próximos passos diplomáticos – vamos fazer com que a voz do mundo não seja ignorada: é tempo de verdade e de responsabilizar os culpados pelos ataques aos navios, e é tempo de Israel respeitar o direito internacional e acabar com o bloqueio a Gaza. Assine agora e passe essa mensagem adiante:

http://cdn.avaaz.org/po/gaza_flotilla/?vl




Milhares de ativistas pela paz em Israel protestaram hoje contra o ataque e o bloqueio, em passeatas desde Haifa até Tel Aviv e Jerusalém – se unindo a protestos ao redor do mundo. Independente de que lado atacou primeiro ou deu o primeiro tiro (o exército Israelense insiste em dizer que não foram eles que iniciaram a violência), os líderes de Israel mandaram helicópteros armados de tropas pesadas para atacar uma frota de navios em águas internacionais, que levava remédios e ajuda humanitária para Gaza, gerando mortes desnecessárias como conseqüência.

Não podemos trazê-los de volta. Mas talvez, juntos, nós possamos fazer deste momento trágico, um ponto de virada – se nós nos unirmos em um chamado de justiça inabalável e um sonho de paz inviolável.

Com esperança.

A grande midia sempre escondeu esses fatos o que não esperavam é que abordo desta frota, havia jornalistas com suas câmeras que registraram toda ação dos soldados Israelenses agora o mundo saberá sua verdadeira face !

O GRUPO TRILHO DE TEATRO POPULAR APOIA ESSA INICIATIVA E DIVULGA!


Saiba mais:

Entenda como funciona o bloqueio à Faixa de Gaza:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/05/100531_entendabloqueiogaza_ji.shtml

Israel ataca barcos que tentavam furar bloqueio de Gaza e mata ativistas:
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/05/31/israel-ataca-barcos-que-tentavam-furar-bloqueio-faixa-de-gaza-mata-ativistas-916736797.asp

Israel admite erros em abordagem militar em ataque a frota humanitária:
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,israel-admite-erros-em-abordagem-militar-em-ataque-a-frota-humanitaria,559979,0.htm


Comunidade internacional condena ataque de Israel à frota humanitária:
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/743257-comunidade-internacional-condena-ataque-de-israel-a-frota-humanitaria.shtml

Conselho de Segurança da ONU condena ataque de Israel a frota humanitária:
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/06/01/conselho-de-seguranca-da-onu-condena-ataque-de-israel-frota-humanitaria-916750622.asp
Poderá também gostar de:


Leia mais: http://www.olibertario.org/2010/06/peticao-contra-bloqueio-gaza-israel.html#ixzz0q5CxZTlx
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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Código Florestal Ameaçado

Pessoal,

o código florestal está ameaçado:

"1 de junho, deputados da bancada ruralista tentarão destruir o Código Florestal Brasileiro, reduzindo drasticamente as áreas de proteção ambiental e legalizando o desmatamento.

Caso aprovadas, essas emendas terão um impacto devastador no Brasil e no mundo. Por de trás desta manobra política está o lucro e expansão do agronegócio, quase sempre responsável pela desigualdade no campo, desmatamento e violência rural."

A petição

No link acima é possível encontrar mais informações.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Elefantes X Capitalismo Selvagem

Dois países africanos, Tanzânia e Zâmbia, estão tentando acabar com a proibição do comércio de marfim. Se isso acontecer, os elefantes, que já estão em processo de extinção, podem de vez ser extinguidos.

Leiam estas duas matérias para maiores explicações:

- Elefantes: a União Europeia está dando luz verde para novos massacres?

- Tanzânia e Zâmbia acusadas de laxismo na protecção de elefantes

E para assinar a petição contra esse possível massacre clique aqui.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Boris Casoy e os garis - Caindo as máscaras

Isso já ocorreu há quatro dias, no dia 31/12/09, um tempão na era dos blogs, twitter, youtube e afins. Eu só fui ver isso hoje! Tenho certeza que tem gente que ainda não viu, e outras que talvez nunca verão essas imagens:


Ainda tem o pedido de desculpas do jornalista:


Não me impressiona nem um pouco as palavras do "distinto" jornalista, me impressiona o amadorismo de deixar vazar esse aúdio, me impressiona ainda mais os comentários das pessoas, "indignadas", como se o preconceito mostrado por Boris não acontecesse todos os dias, em toda a parte, nos quatro cantos do mundo.

Me impressiona sim, comentários do tipo: "depois disso, nunca mais assisto a Band". Vai assistir o quê? A Globo? SBT? Record? É tudo a mesma coisa, o mesmo lixo "cultural", a mesma manipulação.

Talvez tenha sido bom acontecer algo desse tipo logo no início do ano, "indignando" a população. É ano de eleição e estamos precisando que caiam outras máscaras, e que as pessoas se revoltem, revertam a situação. A mídia e a política andam juntas, de braços dados, e é bom ver que elas podem não estar tão isentas, no alto de seu poder, que existe um certo risco da população ver o que realmente pensam e fazem os meios de comunicação e os políticos.

Um bom ano novo a todos e que caiam mais máscaras nesse ano! E que o povo veja e se revolte!

Fábio Castilhos

sábado, 3 de outubro de 2009

FORA YEDA!

A Governadora Yeda Crusius faz tanto sucesso que vai receber um show em sua homenagem, um não, vários. Diversos artistas gauchos homenagearão a governadora nesse show denominado Fora Yeda – Impeachment Já.

O ato show é uma promoção do Cepers, e será domingo 04/10 às 15 horas.

Maiores informações clique AQUI.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

MPF pede afastamento de Yeda Crusius


MPF pede afastamento de Yeda Crusius

O Fórum dos Servidores realizou uma manifestação na Praça da Matriz pelo impeachment da governadora

Seis procuradores do Ministério Público Federal anunciaram, na tarde desta quarta-feira, dia 5, o ajuizamento de uma ação por improbidade administrativa contra nove pessoas, entre elas Yeda Crusius. Também são réus o marido da governadora, um diretor do Banrisul, dois deputados estaduais, um deputado federal, o presidente do TCE/RS e uma assessora direta da governadora.

Mais informações: www.sindsepers.org.br

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Arquitetura da "higienização"

São Paulo, Brasil.
Mas poderia ser (e é) em qualquer região metropolitana brasileira ou do mundo.

"Um edifício em obras na região central de São Paulo instalou gotejadores de água em sua marquise para gerar uma chuva artificial e espantar usuários de drogas que frequentavam a fachada."

Solução engenhosa para varrer a sujeira para debaixo do tapete. O fato é que os que ali ficavam, atravessaram a rua e se instalaram em outra marquise.

A matéria completa está aqui: http://colunistas.ig.com.br/sakamoto/2009/06/24/como-expulsar-drogados-mendigos-e-outros-estorvos/
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