Oi! Como todos os processos de criação do Grupo Trilho em
que participei, o Umbigo foi (está sendo) longo e repleto de momentos.
Esta característica tão nossa me dá a nítida sensação de que o trabalho se
confunde com a tua vida, de que teu prazer está aliado ao fazer artístico e de
que tua existência depende daquilo que levas à cena. Na minha opinião, ponto
pra nós! Já não há criação sem crise e entrar em processos de dúvida faz parte
do meu crescimento.
Não posso dizer que tenho sido muito ativo na concepção
teórica e na construção da dramaturgia e, por outro lado, compreendo cada vez
mais o que fazemos na medida em que encenamos nossos ensaios para as paredes
vazias de uma sala ou, no máximo, para o olhar atento da direção. Sigo pela
prática e tenho um modo todo pragmático de atuar.
Creio que nosso espetáculo vai para rua numa expectativa de
se completar no durante, sentindo o ventinho do não haver três ou quatro
paredes ou a presença dos ruídos da cidade de todos. Também creio que tenhamos
optado pelo riso, pelo tempo cômico , para dar o nosso recado e de que essa
opção nos exige a resposta do público real. Em nossos ensaios abertos,
percebemos o que funciona, mas acho que nem sempre seremos felizes...faz parte.
E falar para mais alguém de carne e osso, dialogando com seus suspiros,
bocejos, risadas, coceiras, respiros, distrações e reações nos dá o poder do
aqui e agora em mãos....isso me alegra.
Assim como me alegra trabalhar com quem
trabalho, colegas de anos e músicos de talento que incorporam ao Trilho a busca
por um Grupo. Tomara que nosso teatro seja de Grupo realmente.
Enfim, vamos refletir todos juntos!!! Hoje em dia, não dá
mais para ficar passivo e acomodado, mas vou ficar contente em ver cuias de
chimarrão na ativa e cangas estendidas para prestar melhor atenção.
Uhuuuuu :o)
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