sábado, 17 de dezembro de 2011

O Baú - Premiações no Tibicuera 2011

Nós do Trilho estamos muito felizes, pois ontem na premiação do Açorianos de Teatro e Dança e Tibicuera de Teatro Infantil 2011, recebemos três prêmios com o espetáculo "O Baú - Lembranças & Brincanças": Melhor Direção e Dramaturgia (Fábio Castilhos) e também o prêmio de Melhor Espetáculo Júri Popular.

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Queremos agradecer a todos que votaram e torceram por nós!!!

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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Ato Vila dos Ferroviários

Hoje (15/12) , às 18 horas, vai acontecer no Grêmio Esportivo e Cultural Ferrinho (sede do Trilho) o ato de Assinatura do Contrato de Doação da Vila dos Ferroviários, que contará com a presença do Prefeito de Porto Alegre, José Fortunati e a Superintendente do Patrimônio da União, Rose Carla Silva Correa. O Ferrinho fica na Rua Dona Teodora, 1250.

Este ato é muito importante para os moradores da Vila dos Ferroviários, pois vai regulamentar a sua situação de moradia e também por que será a primeira vez que o Prefeito Fortunati irá ao Ferrinho.

Essa conquista foi possível através da Cooperativa da Vila dos Ferroviários, que desde o início buscou a legalização de suas moradias, além do reconhecimento da importância histórica dos trabalhadores no desenvolvimento da ferrovia.

Também faz parte das conquistas dos trabalhadores a publicação do livro Pelos Trilhos - Histórias da Vila Ferrovária de Porto Alegre, esta liderada pelo presidente do Ferrinho, Hélio Bueno.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Vote novamente - O Baú (Prêmio Júri Popular)

Devido à um erro no link, que aconteceu ontem à tarde, TODOS PODEM E DEVEM VOTAR NOVAMENTE. A votação vai até sexta, 16/12, ao meio dia.


Então, quem assistiu e/ou acha que merecemos esse prêmio, pedimos que vote na nossa peça.
Tudo é muito simples.
Lá  vocês vão encontrar três categorias. Na categoria:
Qual Melhor Espetáculo de Teatro Infantil de 2011?
VOTEM EM "O Baú - Lembranças & Brincanças"
Tem outras duas categorias (Dança e Teatro Adulto) que se quiserem podem votar também.
E claro que gostaríamos muito que, se possível, compartilhassem esse link para seus contatos votarem no BAÚ.

Vamos lá pessoal!!!! Ajudem-nos a garantir essa premiação!!!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O Baú - Melhor Espetáculo Júri Popular


Nós do Trilho recebemos 5 indicações ao prêmio Tibicuera de Teatro Infantil, com o espetáculo “O Baú – Lembranças & Brincanças” e entre uma delas a de MELHOR ESPETÁCULO INFANTIL DE 2011. Devido a essa indicação o espetáculo tem a possibilidade de ganhar o Prêmio de Melhor Espetáculo do Júri Popular do Prêmio Tibicuera de 2011.

Quem assistiu e/ou acha que merecemos esse prêmio, pedimos que vote na nossa peça.

Tudo é muito simples.


Lá  vocês vão encontrar três categorias. Na categoria:
Qual Melhor Espetáculo de Teatro Infantil de 2011?
VOTEM EM "O Baú - Lembranças & Brincanças"
Tem outras duas categorias (Dança e Teatro Adulto) que se quiserem podem votar também.
E claro que gostaríamos muito que, se possível, compartilhassem esse link para seus contatos votarem no BAÚ.

Vamos lá pessoal!!!! Ajudem-nos a garantir essa premiação!!!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Experiência no Madre Pelletier - Crônica de Ana Campo

"ELES MATARAM A POLÍCIA"

Chico Buarque no rádio, maquiagem espalhada na mesa, vinho no gargalo. Só poderia ser a preparação de um grupo de atores para entrar em cena. Nosso entrar em cena, nem sempre é um "entrar em cena", pode haver algum longo trajeto até nosso espaço de apresentação, nossos camarins já foram a rua, o sindicato, a Assembleia Legislativa, a universidade federal, uma escola, e alguns deles ficavam até em teatros. Nada anormal se fosse para um grupo de teatro de rua, o que não é nosso caso.

Desta vez nosso ponto de encontro foi um belo lugar localizado no bairro agora Farroupilha (cá entre nós, Santana). Solícito e solidário como sempre, Roberto do Comitê Latinoamericano só não abriu as portas porque eu estava com a chave há tempos, neste "bar politizado", ele já me aguentou encenando, cantando, dançando, discursando, bebendo, reclamando da bebida e a última coisa que esperava é ver duas viaturas da SUSEPE estacionar na porta do local para transportar a trupe.

Nesta ocasião seríamos as estrelas (nada daquelas algemas nem do "porta malas" nada anatômico da apresentação contra o aumento da passagem de ônibus), o Grupo Trilho de Teatro Popular apresentaria seu teatro na Penitenciária Feminina Madre Pelletier. Recebi os motoristas com um charuto aceso numa mão e uma garrafa com vinho na outra, devem ter achado que éramos um bando de artistas pequeno-burgueses loucos para começar a revolução tomando a bastilha, infelizmente somos todos assalariad@s e a maioria disponibilizou o turno em que não trabalha, meu chefe me liberou com esperanças de que finalmente não me deixassem sair do presídio...


Já na casa prisional fomos conduzid@s a um espaço bem organizado e amplo que inclusive dispunha de pequeno palco, do qual prescindimos pois nosso teatro é sempre olho no olho e nosso distanciamento é brechtiano e não espacial. Mal havíamos começado o ensaio musical e uma agente adentrou a sala trazendo o público, interrompemos e nos posicionamos para começar "A Decisão", peça didática de Bertolt Brecht, como bem anuncia Adriana no prólogo, que traz quatro agitadores soviéticos e um jovem camarada chinês em meio à visceral polêmica sobre os métodos revolucionários e a cruel contra revolução.

A expectativa do grupo para aquela apresentação, a expectativa das mulheres que nos assistiriam, nos arrebatou uma fala que outra e nos levou a algum erro cênico que não cometemos facilmente. Os olhos de Giovanna brilharam durante toda a apresentação, mas por sorte os colegas não me aprontaram o mesmo que na apresentação feita há um ano para crianças em situação de risco (leia-se expostas à pobreza e sua violência) em São Leopoldo, quando me deparei com todos chorando já na primeira cena. 

A Decisão é cheia de falas conceituais e muitas delas com entendimento restrito, a uma determinada época vivida por países marcados por momentos revolucionários ou formalizado de quem é estudioso. Foi escrita para ser realizada por militantes operários na Alemanha de 30. Nosso desafio é, desde sempre, compreendê-la e apropriar-nos da capacidade do teatro de mostrar-se por vias próprias, únicas. 

Depois da formalidade e contenção dos primeiros atos, as primeiras risadas, os primeiros comentários mútuos sobre as cenas que nos chegavam aos ouvidos como burburinho e os quais cessaram quando a agente que à distância acompanhava, reprimiu com sinal de silêncio as reações espontâneas. A quietude foi total e não repreendeu somente as mulheres sob sua autoridade  mas chocou a nós cuja atuação depende muito da comunicação e reação do público e nunca havíamos visto um moderador de humores em nossas obras para adultos. 

A cena mais esperada por nós e que, sabíamos, mais surpreenderia as detentas, era a "4" em que o policial que reprime trabalhadores numa fábrica - personagem brilhantemente construído e encenado por Carol - é morto durante uma briga. A fala dos operários envolvidos na briga: nós matamos um policial,  foi antecipado por uma das mulheres: eles mataram a polícia. 

A  música, componente essencial da peça, tem arranjos inspiradores nos quais Baiano e Gabriel  são um espetáculo à parte com violão, bandolim, xilofone e pequenos instrumentos dos mais variados, e é durante a trilha sonora que eu abandono a agitadora contida e ponderada e evoco uma Ana sinuosa que aflora com a dança. Em meio a quebras de quadril e olhares provocadores fitei pares de olhos pintados e algumas caras bonitas que com certeza já experimentaram - por idade ou malícia - a sensualidade muito mais que eu, mas os olhares que encontrei deixavam  claro que minha sensualidade ali estava em ser livre, em fazer o que gosto, o que acredito, em não estar maculada socialmente, minha sensualidade, ali, humilhava. Terminada a apresentação em nosso habitual debate sobre a peça, uma delas pediu o violão, eu ofereci o violão e o violonista, deixei Gabriel roxo de vergonha e para trás aquela impressão de que, naquele momento, as atrizes éramos mulheres e elas apenas detentas.    

Durante o debate, uma das primeiras perguntas, justamente feita pela moça que pediu o violão, foi "se nós éramos mesmo comunistas", a do lado perguntou se é muito difícil a batalha dos atores até conseguir fazer uma novela. Os graus de alienação e consciência se assemelham e reproduzem a sociedade além grades. As perguntas não pararam por aí e continuavam sobre o texto, sobre a dificuldade de sua linguagem, sobre os atores, sobre a interpretação. Ao responder um dos questionamentos Dani disse estarmos um pouco apreensivos antes da apresentação, rapidamente uma mulher interviu indagando se essa "apreensão" se devia ao fato do local ser um PRESÍDIO. Esclarecemos que nossa angústia se devia ao tempo reduzido que tivemos para ensaiar desde que a data foi marcada, cujo fator era agravado pela falta de um ator sem o qual tivemos que alterar o roteiro. Saber que faríamos nosso teatro, que é político, pedagógico, social e nossa bandeira em defesa da justiça e da alegria, para pessoas que vivem privadas de liberdade não era angústia, era diferente, era uma emoção inusitada, inédita.

A responsável pela ponte Madre Pelletier - Grupo Trilho foi Maynar, amiga, uruguaia, siamesa na forma e no signo. Maynar viu "A Decisão" pela primeira vez em temporada no Teatro de Câmara de Porto Alegre, à época gostou e comentou, Fábio gostou do comentário dela e então estavam apresentados ela e o grupo. Psicóloga estagiária sempre colocou suas teorias em prática e através dela eu já havia participado de oficina sobre Escrita no semi-aberto feminino. Na Madre conhecemos Simone, a vice-diretora com a qual projetamos a volta e Faltemara, psicóloga, futura mãe de Lorenzo, mais conhecida como FAL (Fuzil Automático Leve), não por milica e sim por perpicaz e certeira nas conotações. 


Ao despedir-me lhes disse que voltaríamos, mas que bruta eu, uma delas saltou:

 - Espero não estar mais quando voltarem. 

Ana Campo

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O Baú - Indicações ao Tibicuera

Nós do Grupo Trilho de Teatro Popular estamos muito felizes com as 5 indicações que recebemos ao prêmio Tibicuera de Teatro Infantil 2011 com o espetáculo "O Baú - Lembranças & Brincanças. São elas:

Melhor Atriz: Caroline Falero e Giovanna Zottis
Dramaturgia e Direção: Fábio Castilhos
E também recebemos a indicação à melhor espetáculo infantil de 2011.

O Baú - Lembranças e Brincanças
Foto: Bárbara Ferraz

Para saber todos os indicados aos prêmios Açorianos de Teatro e Dança, Tibicuera de Teatro Infantil e Prêmio Mais Revelação clique aqui.

sábado, 3 de dezembro de 2011

A Decisão no Madre Pelletier

Depois de um pouco mais de ano sem apresentar, o Grupo Trilho volta com "A Decisão - peça didática de Bertolt Brecht". Só que desta vez numa experiência inédita para nós, pois iremos levar a peça à Penitenciária Feminina Madre Pelletier, aqui em Porto Alegre. Será na segunda, dia 05/12, as 15 horas. 


A Decisão - Foto Ana Mendes
Foto: Ana Mendes


Estamos bastante ansiosos pela volta da peça e por essa experiência que com certeza será incrível! Quem quiser saber um pouco mais sobre esse espetáculo, acessa a página "Espetáculos" e confere lá. Abaixo também o link da crítica do Jorge Arias sobre a peça: http://grupotrilho.blogspot.com/2010/07/decisao-por-jorge-arias.html


domingo, 20 de novembro de 2011

Eleições SATED e Discussão Meia-Entrada

Nesta segunda 21/11, ocorrerá dois eventos importantes. O primeiro é as eleições para renovação da Diretoria Executiva, Conselho Fiscal e Delegação Representativa do SATED/RS referente ao triênio 2012/14. Quem estiver em dia com o sindicato pode votar na própria sede onde haverá uma urna fixa. O horário de votação é das 08h às 18h. O SATED/RS fica na Praça Osvaldo Cruz, 15, sala 912.

O segundo evento é a audiência pública que tem como objetivo discutir as proposições de leis sobre a meia-entrada em eventos culturais. O encontro será realizado no Teatro de Câmara Túlio Piva (Rua da República, 575) as 19h30min. com a presença de deputados, vereadores, senadores e classe artística.

Quem quiser mais informações acesse o site do SATED/RS, o endereço é o seguinte: www.satedrs.org.br

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Fim da Temporada e Vídeo Novo

No dia 13/11 (domingo) chegamos ao fim da primeira temporada do espetáculo O Baú - Lembranças & Brincanças. Queríamos agradecer a todos que foram assistir, que comentaram via facebook e aqui no blog, e também a todos da Coordenação de Artes Cênicas da Prefeitura de Porto Alegre. Muito obrigado!

E para quem não assistiu abaixo um clipe do espetáculo, só para dar um gostinho!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O Baú - Último Final de Semana

Então chegamos ao fim! Último final de semana da temporada de "O Baú - Lembranças & Brincanças". Quem ainda não foi não perca esta oportunidade.

Sábado e domingo, as 16 horas, na Sala Álvaro Moreyra (Av. Érico Veríssimo, 307)


Abaixo mais alguns comentários que recebemos via facebook:

Eles são tão autênticos que emociona!! Vale a pena!!! Bom apetite (Melissa Dornelles)
Peça infantil de qualidade - O Baú nos diverte com o imaginário infantil atualizado para nossa época de tecnologia e aceleração. "Quando eu era criança, não sabia o que era ter pressa". Aproveite e leve seu filho, sobrinho, filho de amigo ou sua criança interior para curtir (Gustavo Teixeira)
LINDO TRABALHO!!!! Parabéns ao Grupo Trilho de Teatro pelo belíssimo trabalho que assisti hoje! O baú - Lembranças e Brincanças não encanta somente as crianças mas também todos os adultos que estão na platéia! É um espetáculo que deixa nós da classe artística com mais vontade de fazer teatro bom e de qualidade! Novamente parabéns a todos os envolvidos, VIDA LONGA ao espetáculo e SUCESSO sempre pra esse grupo! Recomendo a todos, uma ótima opção de diversão pro seu final de semana!!!!! (Henrique Gonçalves)
Muito bonito O Baú! Divertido, brincado, jogado. Feliz de ver vocês! Me fez lembrar muitas coisas... desde a infância. Vida longa ao trabalho. Merece. Coisa bem boa uma platéia apertadinha. Pimpolha e Dindim, esqueçam de crescer... a infância é bem mais legal. (Andrei Dorneles)

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O Baú - Mais Comentários

Comentários que recebemos via facebook:

Um dos trabalhos mais queridos infantis que já vi. De uma simplicidade tocante. As meninas se divertindo, uma dramaturgia com pontos altos, uma direção simples, humilde e eficaz. Trilha sonora em sintonia. Momentos de puro riso e de se emocionar. Voltar a ser criança. Querer ser criança. Pensar nas crianças de hoje. Ver O Baú é abrir o coração para um grande tesouro. Parabéns Grupo Trilho! Indico! Um caminho doce pra vocês. (Fernanda Petit)

Muito lindo o espetáculo! (Lorena Sanchez)

Assistir teatro infantil tem dois prazeres: acompanhar a peça em si e as crianças curtindo a peça. Foi assim agora a tarde com O Baú, do Grupo Trilho de Teatro. Delícia de trabalho! Parabéns! (Márcia Ilha Marques)

Acabamos de voltar da peça O Baú - Lembranças e Brincanças, do Grupo Trilho de Teatro. A peça é linda, muito divertida. Altamente recomendado. A trilha do Sergio Balthazar de Lemos é um charme à parte e as duas atrizes são umas queridas. Super competentes e carismáticas. Curtimos muito! E se você teve infância, vai curtir também. Se você AINDA está na infância então, nem se fala! Parabéns pro Fábio pela direção. Desejamos sucesso e muitas temporadas pra vocês! (Max Canal)

Obrigada, Grupo Trilho de Teatro por acolher minha criança no espetáculo de hoje...! (Rita Pereira Barboza)

O Baú - Lembranças: festa de São João na rua da infância, a cadelinha Dengosa, o sótão da casa dos avós, ataques de cosquinhas nas irmãs, o amigo Renato, a goiabeira nos fundos do pátio... Brincanças: pegar, esconder, cantar, bicicleta, guerra com bolinha de mamona, couve com folha de mamona, bolha de sabão com talo de mamona, boneca e roupinha de papel, carrinho de lomba, banho de chuva, balanço,... pé de lata, pandorga, sapata... Reencontrei, naquele baú, a infância que vivi ao ar livre, com a qual quero presentear meu filho. Lágrimas e gargalhadas quase fluíam, como a história que me contavam aquelas duas atrizes, lindas, leves, brincantes... E quando acabou a peça, ninguém queria ir embora: adultos e crianças tomaram o cenário, querendo ficar mais tempo naquele universo raro... Parabéns Fábio Castilhos, Giovanna Zottis, Caroline Falero, Bruna Immich, Ana Campo, Baiano!!! Beijo com amor. (Dedy Ricardo)

Quem ainda não assistiu ainda tem mais dois finais de semana. Até 13/11, sábados e domingos, as 16 horas, na Sala Álvaro Moreya. Apareça!



quarta-feira, 26 de outubro de 2011

48 anos de Ferrinho - Programação Especial de Aniversário

Esse ano no Trilho as atenções se fecharam para o universo da criança desde de fevereiro, quando iniciamos o trabalho de criação de O Baú – Lembranças e Brincanças, atualmente em temporada. Para esse ano de comemoração dos 48 anos da sede, nos pareceu justo uma programação infantil  para reverenciar também as crianças do Humaitá, dentro da semana de homenagem ao nosso espaço Ferroviário. Cabe lembrar que toda a programação tem entrada franca e desde já estão todos convidados!!! Segue abaixo.


Dia 27 de outubro - quinta- feira

10 horas

O Rei que virou sapo! - Drica Lopes

o rei que virou sapo

Sinopse

"Num reino muito distante existia um rei muito chato e mandão que mandou todos pararam de falar e fazer qualquer outra coisa, a todos mandava prender... até que encontrou um menino que lhe falou a verdade!"

Adaptação do texto: Drica Lopes.
Figurino: Drica Lopes
Maquiagem: Drica Lopes
Duração: 30 minutos
Público: todos os que gostam de ouvir histórias
Local: Grêmio Esportivo e Cultural Ferrinho
Rua Dona Teodora, 1250.
Bairro Humaitá


15 horas

O Palhaço - Grupo Palhaços de Bolso

o quinto palhaco

Sinopse
O quinto elemento: quatro palhaços decidem criar um quinto companheiro de trabalho para divertir as crianças.

Ficha técnica
Realização: Grupo Palhaços de Bolso
Cristina Cury (Naja Curió)
Daniel Gustavo (Tigrão)
Fernanda Marília Rocha (Clotilde)
Guilherme Nervo (Delgado)
Duração: de15 a 20 min
Público: crianças que possam interagir verbalmente.
Local: Grêmio Esportivo e Cultural Ferrinho
Rua Dona Teodora, 1250.
Bairro Humaitá

Dia 31 de outubro – segunda-feira

12 horas

Confraternização pelo dia do servido público ferroviário do RS
Rodada de memórias e almoço
Local: Sede Central do Sindifergs
Rua Voluntários da Pátria, 595 cj.505 a 509 - Centro

17horas

Lançamento do Livro sobre a história da Vila dos Ferroviários
Local: Mercado Público.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

"Quando eu crescer, não quero ser adulto" por Ana Campo


Só as mães de atrizes como Giovanna Zottis e Caroline Falero podem reviver passagens marcantes e emocionantes da infância de filhas já adultas ao vivo e a cores (como na tv, hd).

E lá estavam elas, olhos rasos d'água, no final de semana de estreia de "O Baú - Lembranças e Brincanças". O sábado era das crianças no Centro Municipal de Cultura, Arte e Lazer Lupicínio Rodrigues, e elas vieram com tudo. Entre pais e filhos mais de uma centena de pessoas.

Finalmente em cena, Dindim e Pimpolha, as meninas que num sótão - lugar não comum para nossas crianças ao mesmo tempo lugar comum para o teatro - se veem afastadas dos recursos tecnológios que garantem a diversão da maioria das crianças deste país: televisão, videogame, celular, computador. Essa "privação" trata-se, como fica claro para as crianças ao final da trama, de uma tentativa da mãe de Dindim de propor um divertimento mais subjetivo, inventivo e saudável à filha.

A espontaneidade infantil de Caroline Falero e os tipos hilários apresentados por Giovanna Zottis garantem não somente criatividade e inventividade às personagens como a toda a trama que, intencionalmente, sem excessivos recursos técnicos e grandiloquentes histórias, apresenta um espetáculo tocante, cômico e que atinge seu objetivo de comunicação com as crianças resultando também imperdível para adultos.

A peça, como todos os trabalhos produzidos pelo Grupo Trilho, acaba por ser uma metáfora de como diversão, sonho, verdade, emoção, reflexão, podem ser atingidos de maneira simples sem as ciladas de um teatro baseado no exagero de elementos cênicos, recursos midiáticos excessivos e, quase sempre, com prazos comerciais.

Ao longo de quatro dias de apresentações gratuitas, sendo que, dois dias foram dedicados ao público em geral e os outros dois a escolas ou ong's previamente agendadas, a reação do público variou sempre, mas nunca na expectativa interessada dirigida à peça que conta com sensível e gostosa trilha sonora de Sergio Baiano e iluminação funcional de Bruna Immich, aliás para as crianças a melhor iluminação parece ser mesmo a falta desta nos segundos iniciais da peça, vão ao delírio.

Se sábado era dia de estreia para o grupo, domingo era dia de estreia para Enzo - dois anos e meio - que, pela primeira vez, via uma peça de teatro. Foi durante uma das brincadeiras de Dindim e Pimpolha que, desde o público, ele derreteu a mim e aos pais: tô loco pra ir lá!
Se os pais que acompanham os filhos se divertem e sorriem praticamente todo o tempo, é quando Pimpolha reclama: "...os adultos ficam o dia inteiro trabalhando sem dar atenção às crianças e quando dão ficam bravos..." que as crianças se matam de rir dos pais, que desta vez, ficam sérios, ui, meus calos...

Na hora da música mais conhecida das crianças, Borboletinha, o coro é espontâneo, uníssono, meigo!

As campeãs de risos são, claro, as piadas que falam do pum que escapou, do chulé da princesa, rsrsrs. Os aspectos fisiológicos tão moralizados pela sociedade vigente acabam por ser objeto de descarga coletiva quando exorcizados, no caso dos adultos é o sexo, mas o chulé e o pum também fazem sucesso.

A orientação de Fábio Castilhos, numa perspectiva de direção participativa, deu objetivo à sequência das inúmeras narrativas, estados de ânimo e brincadeiras colocadas em cena durante 55 minutos.

Em apenas quatro dias de apresentação "O Baú" já coleciona ótimas críticas, inclusive do pessoal encarregado da faxina do teatro: vocês deixam tudo organizado, que bom trabalhar assim.

Para provar que somos crianças grandes e tão presos à tecnologia quanto as crianças que retratamos, após o espetáculo protagonizamos uma cena e tanto no café do teatro. Foto para cá e foto para lá, Laerte resolve enviar por bluetooh um dos registros para o celular de Giovanna, mas a foto não chega nunca, ao que vem alguém lá da outra mesa: são vocês em meu celular! O homem que havia aceitado a foto acreditando ser de seu irmão (também Laerte!) veio logo desfazer o engano.

Ver  e fazer "O Baú" é propôr um divertimento mais subjetivo, inventivo e saudável para crianças e crianças que viraram adultos.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O Baú - Primeiras Impressões

Estreiar com a casa cheia é muito bom. Fazer seis sessões, todas com o teatro lotado é maravilhoso. Pois foi isso que aconteceu com o nosso novo trabalho "O Baú - Lembranças e Brincanças". Estreamos no dia 08/10, dentro da 3ª Mostra de Teatro Infantil de Porto Alegre. Apresentamos no sábado e domingo (uma sessão cada dia) e na segunda e terça (para escolas públicas, duas sessões a cada dia).

Já temos nossa primeira crítica (que pode ser lida no post anterior a este), e alguns comentários no facebook. Queremos agradecer a todos que foram nos assistir e a todos da Coordenação de Artes Cênicas da Prefeitura de Porto Alegre.

Veja o que andam falando do nosso trabalho:

"Parabéns a todos do Grupo Trilho!! Estava linda a estréia! O espetáculo é lindo, delicado e sensível, tem de ser visto por muita gente!!! Muito sucesso e vida longa a mais esse grande trabalho!!!!!" (Fernanda Beppler)

"A infância é a melhor fase da vida, todos deveriam ter uma infância feliz, porém não é sempre assim. Eu tive uma infância feliz e hoje assistindo essa peça de teatro me lembrei de como fui feliz... Obrigada Caroline Falero e Giovanna Zottis por me levarem de volta a tempos tão felizes..." (Janaina Falero) 
"AMEI!!!!!!!! Crianças pequenas se divertem. As maiores entendem. E nós, recordamos. Levem filhos, sobrinhos, afilhados, amiguinhos,... Só não deixem de assistir!" (Margarete Monteiro)
‎"Pura lembrança e boas risadas depois de assistir O Baú- Lembranças e Brincanças! Parabéns ao Grupo Trilho!" (Mariana Consoni)
 
"O Baú - Lembranças e Brincanças" segue em cartaz até 13/11, sábados e domingos, as 16 horas, na Sala Álvaro Moreyra (Érico Veríssimo, 307).


"O Baú - Lembranças e Brincanças" - Crítica Rodrigo Monteiro


Texto publicado originalmente em http://teatropoa.blogspot.com/

Trabalho sério, espetáculo divertido – Rodrigo Monteiro

Um espetáculo para crianças que diverte todo mundo enquanto ensina os adultos a conhecerem melhor aqueles que ainda não o são. "O Baú - Lembranças e Brincanças" não traz uma história ao seu público, mas parte do princípio das possibilidades criativas de uma situação determinada. No caso, duas meninas estão num sótão da casa de uma delas. Nele não há televisão, vídeo game e nem celular. Em contrapartida, há um grande baú e muitos brinquedos antigos. A dramaturgia se constrói sobre a difícil tarefa de vencer o tédio que paira na vida das duas confinadas, em cujas cabeças nem passa a ideia de brincar de bonecas ou de casinha, como os adultos na plateia poderiam pensar. O jogo é constantemente renovado na representação da peça que dura um pouco menos de uma hora.

Com texto e direção de Fábio Castilhos, o novo espetáculo do Grupo Trilho, que já elogiosamente montou “A Decisão”, de Brecht, é fruto de uma intensa pesquisa sobre o universo das crianças de hoje. O assunto, as brincadeiras, as piadas, as preferências estão todas concretizadas no palco nas relações que se estabelecem entre as personagens de Caroline Falero e Giovanna Zottis. As duas atrizes estão excelentes nos papéis que executam, dando vida a figuras cheias de nuances, características marcantes, pontos a descobrir. Uma vez que não há uma história que faça evoluir uma narrativa, o sucesso do trabalho depende quase inteiramente do desempenho das atrizes. E ele acontece, prova de que o público de Porto Alegre está diante de um belo trabalho de interpretação.

“O Baú – Lembranças e Brincanças” foge dos clichês e enfrenta o desafio de se reinventar a cada nova cena. O ritmo, como não poderia deixar de ser, não é constante e crescente, mas cheio de quebras. A cada novidade dramática quem está em cena precisa reconquistar a atenção do público que se perdeu com o fim da última brincadeira. Como cada “quadro” tem tamanho diferente, a evolução sofre baixas, mas recebe ganhos. No centro do palco, como já foi dito, está um grande baú cadeado. Nas laterais, brinquedos antigos. Todo o universo é, assim, potente, pois olhamos para esses materiais e esperamos que eles sejam usados em dos quadros. Embora não seja um diretor experiente, Castilhos age como tal quando usa essa espera a favor da montagem, dosando com habilidade todas as ações que acontecem em volta desses objetos e os possíveis usos que eles podem ter.

A produção é simples. Não há grandes movimentos de luz, uma trilha sonora que realmente chame a atenção (essa composta especialmente para o espetáculo) e um cenário e figurino além do esperado. Todas essas opções, enquanto estéticas, fazem ver que o que interessa é realmente a relação das duas meninas com o tempo que, às vezes, parece passar rápido, às vezes não. Dessa forma, pode-se dizer que o objetivo foi plenamente atingido e indicar a possibilidade de uma metáfora entre esse pequeno recorte na vida de duas crianças e a infância inteira.

Com o coração aberto ao que está diante delas, sou testemunha de que as crianças vibram na plateia com cada gesto feito em cena. Quanto aos adultos, são as lembranças que vibram a partir dessa produção tão cheia de méritos.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Estreia O Baú - Lembranças & Brincanças

cartaz_o baú 

Estreia do novo trabalho do Grupo Trilho!
Somente neste final de semana a entrada é franca e amiga!
(Distribuição de senhas uma hora antes)
Tragam suas crianças!


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

8ª Conferência Municipal de Cultura


O Conselho Municipal de Cultura e a Secretaria Municipal de Cultura realizam, de 3 de outubro a 1º de novembro, a 8ª Conferência Municipal de Cultura. O evento bienal tem o apoio da Assembleia Legislativa, Procempa, DMAE, Secretaria Municipal de Governança Local, Carris, Fundacine e Fundação Cultural Piratini (TVE e FM Cultura), define o plano de cultura para a cidade e abre espaço para o debate de questões do setor. 

conferencia cultura


Neste ano, a Conferência Municipal de Cultura aborda quatro eixos: Cidadania, Desenvolvimento, Diversidade e Sustentabilidade. Além da conferência, está programada a Caminhada da Cultura, em 31 de outubro, saindo do Paço Municipal, às 16 horas, com a bateria dos Bambas da Orgia, performances do Ói Nóis Aqui Traveiz na Esquina Democrática e representantes de todos os segmentos da cultura, descendo a Borges de Medeiros e chegando no Centro Municipal de Cultura Lupicínio Rodrigues onde será aberta a 8ª Conferência Municipal. 

A pré-conferência referente ao teatro acontece na segunda dia 03 de outubro das 18h30 às 22h.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

"O Baú - Lembranças & Brincanças" Cartaz e novo Vídeo

Faltando duas semanas para a estreia do novo espetáculo do Trilho "O Baú - Lembranças & Brincanças", destinado ao público infantil, aliás o primeiro para esse público, lançamos um novo vídeo e também o cartaz.




Não esqueçam, de 08 de outubro a 13 de novembro, sábados e domingos na Sala Álvaro Moreyra (Érico Veríssimo, 307) as 16 horas.

A ficha técnica do espetáculo é composta por:

Dramaturgia e Direção: Fábio Castilhos
Elenco: Caroline Falero e Giovanna Zottis
Trilha Sonora: Sergio Baiano
Iluminação: Bruna Immich
Cenário: Anderson Balhero
Figurino: Caroline Falero e Giovanna Zottis

domingo, 18 de setembro de 2011

Olhares sobre o Baú - Fábio Castilhos


“O Senhor K. preferia a Cidade B à Cidade A. (...) Na cidade A as pessoas me diziam útil; mas na cidade B eu era necessário.” (Bertolt Brecht)

Partimos para a construção do espetáculo “O Baú – Lembranças & Brincanças” por necessidade. Necessidade de educadores que somos; de tentar compreender essas crianças que convivemos diariamente. Necessidade de trocar com as crianças que iam assistir as peças no Grêmio Esportivo e Cultural Ferrinho. Necessidade de montar um trabalho que pudéssemos levar adiante. Necessidade de se apaixonar por um processo, de se divertir, de brincar, de falar coisas importantes sobre a infância, a criança, sobre nós.

Fábio Castilhos


“De todas as coisas seguras, a mais segura é a dúvida” (Bertolt Brecht)

Desde junho de 2010 falávamos sobre montar algo para o público infantil. Em dezembro decidimos que o próximo trabalho seria infantil. Começamos nossas buscas. Fomos assistir filmes, ler livros, peças de teatro, tudo para este público. Em primeiro de fevereiro de 2011 começamos os ensaios, sem ter nada de referência. Improvisos, brincadeiras, começamos por aí. Já que não encontramos algo na obras destinadas as crianças, buscamos referências em materiais sobre a infância. Documentários como “Criança: A Alma do negócio” e “A invenção da infância” fizeram a gente refletir. Alguns livros da Fanny Abramovich como “Quem educa quem” e “O estranho mundo que se mostra as crianças” também mexeram com os nossos cérebros e corações. Redescobrimos a Mafalda do Quino, e de umas coisinhas daqui, outras dali, misturamos com lembranças da nossa infância. De toda essa misturança nasce um trabalho sobre a criança, a infância, para as crianças, mas também para os adultos recordarem, relembrarem de suas infâncias e refletir sobre a infância de hoje, para pensarmos como estamos cuidando, educando essa nova geração.        

sábado, 17 de setembro de 2011

Lembranças Dindim

O nosso novo trabalho, destinado ao público infantil, brinca com as lembranças, com as memórias das nossas infâncias, misturadas e conectadas com a história das duas personagens, Pimpolha e Dindim. 

Esse vídeo é para dar um gostinho com lembranças da Dindim ou será da Giovanna?

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Olhares sobre O Baú - Giovanna Zottis


O Trilho e as Crianças

Há quem diga que teatro infantil é uma arte menor. Não para nós do Grupo Trilho. Criar algo para essas “pessoinhas responsáveis pelo futuro” foi desafiador, pois nos colocamos na posição de formadores destes que serão o futuro.
            Todos no grupo somos professores de teatro. Nossa formação na UERGS nos fez atentar nossos olhares para essa troca valiosa que existe entre o fazer e o ensinar. A arte-educação nos possibilita acessar o imaginário dessas crianças ao tomar contato com o que há de mais legítimo na infância: o brincar (e a riqueza de informações que existem nessas brincadeiras).
            É justamente nesse contato que identificamos as proximidades e as distâncias entre nossas infâncias e a infância de hoje. E a frase “No meu tempo...” tem se enchido de sentido.
            Além disso, desde sempre, o Grupo Trilho conta com um público fiel de crianças freqüentadoras do Ferrinho. Lá no Humaitá, quando saímos de porta em porta divulgando as apresentações no Ferrinho são, na maioria das vezes, as crianças que convencem seus pais, tios, vizinhos, a irem assistir e assim levá-las até lá.
            Essa presença marcante das crianças na platéia nos fez muitas vezes falar sobre a montagem de um espetáculo infantil. Eis que o desejo tantas vezes alimentado ganha espaço nestes trilhos do grupo, e o que era fumaça gerada pelos trabalhos anteriores se torna mais um vagão deste trem.


Que Baú é esse?

            “As crianças de hoje são televisivas, midiáticas. Para chamar-lhes a atenção no teatro é preciso show de luzes, músicas animadas, muito movimento...” Algumas vezes ao sair de um espetáculo infantil saíamos com a certeza do que não queríamos fazer. Ou pela linguagem televisiva, ou pela forma como subestimam as crianças.
            Foram, até agora, 8 meses dedicados a uma pesquisa que nos exigiu arregalar os olhos para as crianças a nossa volta, e fechar os olhos para mergulhar em busca das nossas crianças. Dessa mistura nasceram as personagens Dindim e Pimpolha.
            Partimos do desejo de falar de uma infância utópica e ideal, e chegamos à necessidade de falar da infância de hoje, televisionada. De uma forma crítica, mas sem negar a referência, abordamos o assunto abrindo um espaço para a reflexão, afinal desde sempre existiram crianças, e como eram elas antes de serem assim? Como eram os jogos antigos? De que brincavam nossos pais e avós?
            Documentários como “Criança: a alma do negócio” e “A invenção da infância” mexeram com nossas cabeças.
            Da certeza concreta do que não queríamos, passamos a caminhar sobre uma dúvida movediça. Era sobre isso que queríamos falar: um espetáculo para criança e sobre a criança. Mas “o que?” e “como?” nos sacudiam constantemente. Em certo momento do processo chegamos a nos perguntar: Será que isso funciona para criança? Será que não está faltando “musica animada, show de luzes, e muito movimento”?
            Chamamos amigos para assistir a alguns ensaios, e esses ainda nos puseram mais dúvidas! Assim, seguimos experimentando. E foi somente no ensaio aberto que fizemos para os alunos da Carol, (mais sobre esse ensaio clique aqui) que soubemos que trilhávamos um caminho possível.
            E agora, a estréia se aproxima! Tcham tcham tcham tcham! Contamos com os amigos e colegas (artistas e professores) para essa nova empreitada do Trilho. Assistam, levem suas crianças, e assim podemos trocar idéias e alimentar esse debate.

Giovanna Zottis
Integrante do Grupo Trilho

domingo, 11 de setembro de 2011

Lembranças Pimpolha

O nosso novo trabalho, destinado ao público infantil, brinca com as lembranças, com as memórias das nossas infâncias, misturadas e conectadas com a história das duas personagens, Pimpolha e Dindim. 

Esse vídeo é para dar um gostinho com lembranças da Pimpolha ou será da Caroline?

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Olhares sobre O Baú - Caroline Falero


Não tem momento mais importante pra mim do que a infância, é nostálgico, tudo era simples, tudo era feliz e pra tudo se tinha solução. Nessa época eu ainda podia contar tanto com a minha mãe quanto com meu pai, falecido, o oposto do meueuagora em que amparo meus enteados, primos e alunos. A gente cresce e cai na vida real, tudo é assustador. Fazer teatro e poder montar um espetáculo infantil, traz esse gostinho novamente, dessa felicidade, dessa lógica de pensar mais ingênua e sincera, e esse momento refresca nosso mundo adulto sem graça, como se essa chama se acendesse novamente e influenciasse no modo de ser gente grande. Outro fator é que essa ideia de infância está sendo corrompida, a sociedade se relaciona de um jeito diferente com as crianças hoje e me pergunto até onde é saudável e que tipo de adulto essa relação vai gerar. Esse espetáculo nos possibilita a reflexão entre a nossa infância e a infância de hoje, quais as diferenças? Nós que somos professores, estamos lidando com situações variadas de deturpação da educação, da relação em família, da relação entre amigos, do descobrimento precoce das relações sexuais... Onde isso tudo vai parar? A discussão é palpável, tal como a necessidade de se tomar uma posição sobre isso.



Foi muito importante para o processo a definição do tema que íamos abordar, o Grupo Trilho de Teatro Popular propõe o questionamento e como fazê-lo num espetáculo infantil? permeava o incomodo da relação dos meios de comunicação com as crianças de hoje. Ao resgatar nossas  lembranças, o que era mais importante não era os programas ou os brinquedos e sim, as brincadeiras, a relação com os animais de estimação, os sonhos, os medos e o principal, os amigos. Por fim se tornou essencial ressaltar que mais do que um espetáculo que reforce o lado lúdico queríamos ressaltar a ludicidade natural da criança, lembrar aos pais o quão saudável é esse exercício e a importância de não deixá-los amadurecerem precocemente, respeitá-la em seu direito de ser criança sem preocupações adultas. Definido o tema era hora de afinar a improvisação para chegarmos ao nosso objetivo, não foi (é) fácil, voltar a ser criança e transgredir esse tem sido nosso maior desafio.


Caroline Falero
Integrante do Grupo Trilho
                                               

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