quarta-feira, 26 de outubro de 2011

48 anos de Ferrinho - Programação Especial de Aniversário

Esse ano no Trilho as atenções se fecharam para o universo da criança desde de fevereiro, quando iniciamos o trabalho de criação de O Baú – Lembranças e Brincanças, atualmente em temporada. Para esse ano de comemoração dos 48 anos da sede, nos pareceu justo uma programação infantil  para reverenciar também as crianças do Humaitá, dentro da semana de homenagem ao nosso espaço Ferroviário. Cabe lembrar que toda a programação tem entrada franca e desde já estão todos convidados!!! Segue abaixo.


Dia 27 de outubro - quinta- feira

10 horas

O Rei que virou sapo! - Drica Lopes

o rei que virou sapo

Sinopse

"Num reino muito distante existia um rei muito chato e mandão que mandou todos pararam de falar e fazer qualquer outra coisa, a todos mandava prender... até que encontrou um menino que lhe falou a verdade!"

Adaptação do texto: Drica Lopes.
Figurino: Drica Lopes
Maquiagem: Drica Lopes
Duração: 30 minutos
Público: todos os que gostam de ouvir histórias
Local: Grêmio Esportivo e Cultural Ferrinho
Rua Dona Teodora, 1250.
Bairro Humaitá


15 horas

O Palhaço - Grupo Palhaços de Bolso

o quinto palhaco

Sinopse
O quinto elemento: quatro palhaços decidem criar um quinto companheiro de trabalho para divertir as crianças.

Ficha técnica
Realização: Grupo Palhaços de Bolso
Cristina Cury (Naja Curió)
Daniel Gustavo (Tigrão)
Fernanda Marília Rocha (Clotilde)
Guilherme Nervo (Delgado)
Duração: de15 a 20 min
Público: crianças que possam interagir verbalmente.
Local: Grêmio Esportivo e Cultural Ferrinho
Rua Dona Teodora, 1250.
Bairro Humaitá

Dia 31 de outubro – segunda-feira

12 horas

Confraternização pelo dia do servido público ferroviário do RS
Rodada de memórias e almoço
Local: Sede Central do Sindifergs
Rua Voluntários da Pátria, 595 cj.505 a 509 - Centro

17horas

Lançamento do Livro sobre a história da Vila dos Ferroviários
Local: Mercado Público.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

"Quando eu crescer, não quero ser adulto" por Ana Campo


Só as mães de atrizes como Giovanna Zottis e Caroline Falero podem reviver passagens marcantes e emocionantes da infância de filhas já adultas ao vivo e a cores (como na tv, hd).

E lá estavam elas, olhos rasos d'água, no final de semana de estreia de "O Baú - Lembranças e Brincanças". O sábado era das crianças no Centro Municipal de Cultura, Arte e Lazer Lupicínio Rodrigues, e elas vieram com tudo. Entre pais e filhos mais de uma centena de pessoas.

Finalmente em cena, Dindim e Pimpolha, as meninas que num sótão - lugar não comum para nossas crianças ao mesmo tempo lugar comum para o teatro - se veem afastadas dos recursos tecnológios que garantem a diversão da maioria das crianças deste país: televisão, videogame, celular, computador. Essa "privação" trata-se, como fica claro para as crianças ao final da trama, de uma tentativa da mãe de Dindim de propor um divertimento mais subjetivo, inventivo e saudável à filha.

A espontaneidade infantil de Caroline Falero e os tipos hilários apresentados por Giovanna Zottis garantem não somente criatividade e inventividade às personagens como a toda a trama que, intencionalmente, sem excessivos recursos técnicos e grandiloquentes histórias, apresenta um espetáculo tocante, cômico e que atinge seu objetivo de comunicação com as crianças resultando também imperdível para adultos.

A peça, como todos os trabalhos produzidos pelo Grupo Trilho, acaba por ser uma metáfora de como diversão, sonho, verdade, emoção, reflexão, podem ser atingidos de maneira simples sem as ciladas de um teatro baseado no exagero de elementos cênicos, recursos midiáticos excessivos e, quase sempre, com prazos comerciais.

Ao longo de quatro dias de apresentações gratuitas, sendo que, dois dias foram dedicados ao público em geral e os outros dois a escolas ou ong's previamente agendadas, a reação do público variou sempre, mas nunca na expectativa interessada dirigida à peça que conta com sensível e gostosa trilha sonora de Sergio Baiano e iluminação funcional de Bruna Immich, aliás para as crianças a melhor iluminação parece ser mesmo a falta desta nos segundos iniciais da peça, vão ao delírio.

Se sábado era dia de estreia para o grupo, domingo era dia de estreia para Enzo - dois anos e meio - que, pela primeira vez, via uma peça de teatro. Foi durante uma das brincadeiras de Dindim e Pimpolha que, desde o público, ele derreteu a mim e aos pais: tô loco pra ir lá!
Se os pais que acompanham os filhos se divertem e sorriem praticamente todo o tempo, é quando Pimpolha reclama: "...os adultos ficam o dia inteiro trabalhando sem dar atenção às crianças e quando dão ficam bravos..." que as crianças se matam de rir dos pais, que desta vez, ficam sérios, ui, meus calos...

Na hora da música mais conhecida das crianças, Borboletinha, o coro é espontâneo, uníssono, meigo!

As campeãs de risos são, claro, as piadas que falam do pum que escapou, do chulé da princesa, rsrsrs. Os aspectos fisiológicos tão moralizados pela sociedade vigente acabam por ser objeto de descarga coletiva quando exorcizados, no caso dos adultos é o sexo, mas o chulé e o pum também fazem sucesso.

A orientação de Fábio Castilhos, numa perspectiva de direção participativa, deu objetivo à sequência das inúmeras narrativas, estados de ânimo e brincadeiras colocadas em cena durante 55 minutos.

Em apenas quatro dias de apresentação "O Baú" já coleciona ótimas críticas, inclusive do pessoal encarregado da faxina do teatro: vocês deixam tudo organizado, que bom trabalhar assim.

Para provar que somos crianças grandes e tão presos à tecnologia quanto as crianças que retratamos, após o espetáculo protagonizamos uma cena e tanto no café do teatro. Foto para cá e foto para lá, Laerte resolve enviar por bluetooh um dos registros para o celular de Giovanna, mas a foto não chega nunca, ao que vem alguém lá da outra mesa: são vocês em meu celular! O homem que havia aceitado a foto acreditando ser de seu irmão (também Laerte!) veio logo desfazer o engano.

Ver  e fazer "O Baú" é propôr um divertimento mais subjetivo, inventivo e saudável para crianças e crianças que viraram adultos.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O Baú - Primeiras Impressões

Estreiar com a casa cheia é muito bom. Fazer seis sessões, todas com o teatro lotado é maravilhoso. Pois foi isso que aconteceu com o nosso novo trabalho "O Baú - Lembranças e Brincanças". Estreamos no dia 08/10, dentro da 3ª Mostra de Teatro Infantil de Porto Alegre. Apresentamos no sábado e domingo (uma sessão cada dia) e na segunda e terça (para escolas públicas, duas sessões a cada dia).

Já temos nossa primeira crítica (que pode ser lida no post anterior a este), e alguns comentários no facebook. Queremos agradecer a todos que foram nos assistir e a todos da Coordenação de Artes Cênicas da Prefeitura de Porto Alegre.

Veja o que andam falando do nosso trabalho:

"Parabéns a todos do Grupo Trilho!! Estava linda a estréia! O espetáculo é lindo, delicado e sensível, tem de ser visto por muita gente!!! Muito sucesso e vida longa a mais esse grande trabalho!!!!!" (Fernanda Beppler)

"A infância é a melhor fase da vida, todos deveriam ter uma infância feliz, porém não é sempre assim. Eu tive uma infância feliz e hoje assistindo essa peça de teatro me lembrei de como fui feliz... Obrigada Caroline Falero e Giovanna Zottis por me levarem de volta a tempos tão felizes..." (Janaina Falero) 
"AMEI!!!!!!!! Crianças pequenas se divertem. As maiores entendem. E nós, recordamos. Levem filhos, sobrinhos, afilhados, amiguinhos,... Só não deixem de assistir!" (Margarete Monteiro)
‎"Pura lembrança e boas risadas depois de assistir O Baú- Lembranças e Brincanças! Parabéns ao Grupo Trilho!" (Mariana Consoni)
 
"O Baú - Lembranças e Brincanças" segue em cartaz até 13/11, sábados e domingos, as 16 horas, na Sala Álvaro Moreyra (Érico Veríssimo, 307).


"O Baú - Lembranças e Brincanças" - Crítica Rodrigo Monteiro


Texto publicado originalmente em http://teatropoa.blogspot.com/

Trabalho sério, espetáculo divertido – Rodrigo Monteiro

Um espetáculo para crianças que diverte todo mundo enquanto ensina os adultos a conhecerem melhor aqueles que ainda não o são. "O Baú - Lembranças e Brincanças" não traz uma história ao seu público, mas parte do princípio das possibilidades criativas de uma situação determinada. No caso, duas meninas estão num sótão da casa de uma delas. Nele não há televisão, vídeo game e nem celular. Em contrapartida, há um grande baú e muitos brinquedos antigos. A dramaturgia se constrói sobre a difícil tarefa de vencer o tédio que paira na vida das duas confinadas, em cujas cabeças nem passa a ideia de brincar de bonecas ou de casinha, como os adultos na plateia poderiam pensar. O jogo é constantemente renovado na representação da peça que dura um pouco menos de uma hora.

Com texto e direção de Fábio Castilhos, o novo espetáculo do Grupo Trilho, que já elogiosamente montou “A Decisão”, de Brecht, é fruto de uma intensa pesquisa sobre o universo das crianças de hoje. O assunto, as brincadeiras, as piadas, as preferências estão todas concretizadas no palco nas relações que se estabelecem entre as personagens de Caroline Falero e Giovanna Zottis. As duas atrizes estão excelentes nos papéis que executam, dando vida a figuras cheias de nuances, características marcantes, pontos a descobrir. Uma vez que não há uma história que faça evoluir uma narrativa, o sucesso do trabalho depende quase inteiramente do desempenho das atrizes. E ele acontece, prova de que o público de Porto Alegre está diante de um belo trabalho de interpretação.

“O Baú – Lembranças e Brincanças” foge dos clichês e enfrenta o desafio de se reinventar a cada nova cena. O ritmo, como não poderia deixar de ser, não é constante e crescente, mas cheio de quebras. A cada novidade dramática quem está em cena precisa reconquistar a atenção do público que se perdeu com o fim da última brincadeira. Como cada “quadro” tem tamanho diferente, a evolução sofre baixas, mas recebe ganhos. No centro do palco, como já foi dito, está um grande baú cadeado. Nas laterais, brinquedos antigos. Todo o universo é, assim, potente, pois olhamos para esses materiais e esperamos que eles sejam usados em dos quadros. Embora não seja um diretor experiente, Castilhos age como tal quando usa essa espera a favor da montagem, dosando com habilidade todas as ações que acontecem em volta desses objetos e os possíveis usos que eles podem ter.

A produção é simples. Não há grandes movimentos de luz, uma trilha sonora que realmente chame a atenção (essa composta especialmente para o espetáculo) e um cenário e figurino além do esperado. Todas essas opções, enquanto estéticas, fazem ver que o que interessa é realmente a relação das duas meninas com o tempo que, às vezes, parece passar rápido, às vezes não. Dessa forma, pode-se dizer que o objetivo foi plenamente atingido e indicar a possibilidade de uma metáfora entre esse pequeno recorte na vida de duas crianças e a infância inteira.

Com o coração aberto ao que está diante delas, sou testemunha de que as crianças vibram na plateia com cada gesto feito em cena. Quanto aos adultos, são as lembranças que vibram a partir dessa produção tão cheia de méritos.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Estreia O Baú - Lembranças & Brincanças

cartaz_o baú 

Estreia do novo trabalho do Grupo Trilho!
Somente neste final de semana a entrada é franca e amiga!
(Distribuição de senhas uma hora antes)
Tragam suas crianças!


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