sábado, 17 de dezembro de 2011

O Baú - Premiações no Tibicuera 2011

Nós do Trilho estamos muito felizes, pois ontem na premiação do Açorianos de Teatro e Dança e Tibicuera de Teatro Infantil 2011, recebemos três prêmios com o espetáculo "O Baú - Lembranças & Brincanças": Melhor Direção e Dramaturgia (Fábio Castilhos) e também o prêmio de Melhor Espetáculo Júri Popular.

KFL_3047kiran_acorianos

Queremos agradecer a todos que votaram e torceram por nós!!!

KFL_3087kiran_acorianos

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Ato Vila dos Ferroviários

Hoje (15/12) , às 18 horas, vai acontecer no Grêmio Esportivo e Cultural Ferrinho (sede do Trilho) o ato de Assinatura do Contrato de Doação da Vila dos Ferroviários, que contará com a presença do Prefeito de Porto Alegre, José Fortunati e a Superintendente do Patrimônio da União, Rose Carla Silva Correa. O Ferrinho fica na Rua Dona Teodora, 1250.

Este ato é muito importante para os moradores da Vila dos Ferroviários, pois vai regulamentar a sua situação de moradia e também por que será a primeira vez que o Prefeito Fortunati irá ao Ferrinho.

Essa conquista foi possível através da Cooperativa da Vila dos Ferroviários, que desde o início buscou a legalização de suas moradias, além do reconhecimento da importância histórica dos trabalhadores no desenvolvimento da ferrovia.

Também faz parte das conquistas dos trabalhadores a publicação do livro Pelos Trilhos - Histórias da Vila Ferrovária de Porto Alegre, esta liderada pelo presidente do Ferrinho, Hélio Bueno.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Vote novamente - O Baú (Prêmio Júri Popular)

Devido à um erro no link, que aconteceu ontem à tarde, TODOS PODEM E DEVEM VOTAR NOVAMENTE. A votação vai até sexta, 16/12, ao meio dia.


Então, quem assistiu e/ou acha que merecemos esse prêmio, pedimos que vote na nossa peça.
Tudo é muito simples.
Lá  vocês vão encontrar três categorias. Na categoria:
Qual Melhor Espetáculo de Teatro Infantil de 2011?
VOTEM EM "O Baú - Lembranças & Brincanças"
Tem outras duas categorias (Dança e Teatro Adulto) que se quiserem podem votar também.
E claro que gostaríamos muito que, se possível, compartilhassem esse link para seus contatos votarem no BAÚ.

Vamos lá pessoal!!!! Ajudem-nos a garantir essa premiação!!!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O Baú - Melhor Espetáculo Júri Popular


Nós do Trilho recebemos 5 indicações ao prêmio Tibicuera de Teatro Infantil, com o espetáculo “O Baú – Lembranças & Brincanças” e entre uma delas a de MELHOR ESPETÁCULO INFANTIL DE 2011. Devido a essa indicação o espetáculo tem a possibilidade de ganhar o Prêmio de Melhor Espetáculo do Júri Popular do Prêmio Tibicuera de 2011.

Quem assistiu e/ou acha que merecemos esse prêmio, pedimos que vote na nossa peça.

Tudo é muito simples.


Lá  vocês vão encontrar três categorias. Na categoria:
Qual Melhor Espetáculo de Teatro Infantil de 2011?
VOTEM EM "O Baú - Lembranças & Brincanças"
Tem outras duas categorias (Dança e Teatro Adulto) que se quiserem podem votar também.
E claro que gostaríamos muito que, se possível, compartilhassem esse link para seus contatos votarem no BAÚ.

Vamos lá pessoal!!!! Ajudem-nos a garantir essa premiação!!!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Experiência no Madre Pelletier - Crônica de Ana Campo

"ELES MATARAM A POLÍCIA"

Chico Buarque no rádio, maquiagem espalhada na mesa, vinho no gargalo. Só poderia ser a preparação de um grupo de atores para entrar em cena. Nosso entrar em cena, nem sempre é um "entrar em cena", pode haver algum longo trajeto até nosso espaço de apresentação, nossos camarins já foram a rua, o sindicato, a Assembleia Legislativa, a universidade federal, uma escola, e alguns deles ficavam até em teatros. Nada anormal se fosse para um grupo de teatro de rua, o que não é nosso caso.

Desta vez nosso ponto de encontro foi um belo lugar localizado no bairro agora Farroupilha (cá entre nós, Santana). Solícito e solidário como sempre, Roberto do Comitê Latinoamericano só não abriu as portas porque eu estava com a chave há tempos, neste "bar politizado", ele já me aguentou encenando, cantando, dançando, discursando, bebendo, reclamando da bebida e a última coisa que esperava é ver duas viaturas da SUSEPE estacionar na porta do local para transportar a trupe.

Nesta ocasião seríamos as estrelas (nada daquelas algemas nem do "porta malas" nada anatômico da apresentação contra o aumento da passagem de ônibus), o Grupo Trilho de Teatro Popular apresentaria seu teatro na Penitenciária Feminina Madre Pelletier. Recebi os motoristas com um charuto aceso numa mão e uma garrafa com vinho na outra, devem ter achado que éramos um bando de artistas pequeno-burgueses loucos para começar a revolução tomando a bastilha, infelizmente somos todos assalariad@s e a maioria disponibilizou o turno em que não trabalha, meu chefe me liberou com esperanças de que finalmente não me deixassem sair do presídio...


Já na casa prisional fomos conduzid@s a um espaço bem organizado e amplo que inclusive dispunha de pequeno palco, do qual prescindimos pois nosso teatro é sempre olho no olho e nosso distanciamento é brechtiano e não espacial. Mal havíamos começado o ensaio musical e uma agente adentrou a sala trazendo o público, interrompemos e nos posicionamos para começar "A Decisão", peça didática de Bertolt Brecht, como bem anuncia Adriana no prólogo, que traz quatro agitadores soviéticos e um jovem camarada chinês em meio à visceral polêmica sobre os métodos revolucionários e a cruel contra revolução.

A expectativa do grupo para aquela apresentação, a expectativa das mulheres que nos assistiriam, nos arrebatou uma fala que outra e nos levou a algum erro cênico que não cometemos facilmente. Os olhos de Giovanna brilharam durante toda a apresentação, mas por sorte os colegas não me aprontaram o mesmo que na apresentação feita há um ano para crianças em situação de risco (leia-se expostas à pobreza e sua violência) em São Leopoldo, quando me deparei com todos chorando já na primeira cena. 

A Decisão é cheia de falas conceituais e muitas delas com entendimento restrito, a uma determinada época vivida por países marcados por momentos revolucionários ou formalizado de quem é estudioso. Foi escrita para ser realizada por militantes operários na Alemanha de 30. Nosso desafio é, desde sempre, compreendê-la e apropriar-nos da capacidade do teatro de mostrar-se por vias próprias, únicas. 

Depois da formalidade e contenção dos primeiros atos, as primeiras risadas, os primeiros comentários mútuos sobre as cenas que nos chegavam aos ouvidos como burburinho e os quais cessaram quando a agente que à distância acompanhava, reprimiu com sinal de silêncio as reações espontâneas. A quietude foi total e não repreendeu somente as mulheres sob sua autoridade  mas chocou a nós cuja atuação depende muito da comunicação e reação do público e nunca havíamos visto um moderador de humores em nossas obras para adultos. 

A cena mais esperada por nós e que, sabíamos, mais surpreenderia as detentas, era a "4" em que o policial que reprime trabalhadores numa fábrica - personagem brilhantemente construído e encenado por Carol - é morto durante uma briga. A fala dos operários envolvidos na briga: nós matamos um policial,  foi antecipado por uma das mulheres: eles mataram a polícia. 

A  música, componente essencial da peça, tem arranjos inspiradores nos quais Baiano e Gabriel  são um espetáculo à parte com violão, bandolim, xilofone e pequenos instrumentos dos mais variados, e é durante a trilha sonora que eu abandono a agitadora contida e ponderada e evoco uma Ana sinuosa que aflora com a dança. Em meio a quebras de quadril e olhares provocadores fitei pares de olhos pintados e algumas caras bonitas que com certeza já experimentaram - por idade ou malícia - a sensualidade muito mais que eu, mas os olhares que encontrei deixavam  claro que minha sensualidade ali estava em ser livre, em fazer o que gosto, o que acredito, em não estar maculada socialmente, minha sensualidade, ali, humilhava. Terminada a apresentação em nosso habitual debate sobre a peça, uma delas pediu o violão, eu ofereci o violão e o violonista, deixei Gabriel roxo de vergonha e para trás aquela impressão de que, naquele momento, as atrizes éramos mulheres e elas apenas detentas.    

Durante o debate, uma das primeiras perguntas, justamente feita pela moça que pediu o violão, foi "se nós éramos mesmo comunistas", a do lado perguntou se é muito difícil a batalha dos atores até conseguir fazer uma novela. Os graus de alienação e consciência se assemelham e reproduzem a sociedade além grades. As perguntas não pararam por aí e continuavam sobre o texto, sobre a dificuldade de sua linguagem, sobre os atores, sobre a interpretação. Ao responder um dos questionamentos Dani disse estarmos um pouco apreensivos antes da apresentação, rapidamente uma mulher interviu indagando se essa "apreensão" se devia ao fato do local ser um PRESÍDIO. Esclarecemos que nossa angústia se devia ao tempo reduzido que tivemos para ensaiar desde que a data foi marcada, cujo fator era agravado pela falta de um ator sem o qual tivemos que alterar o roteiro. Saber que faríamos nosso teatro, que é político, pedagógico, social e nossa bandeira em defesa da justiça e da alegria, para pessoas que vivem privadas de liberdade não era angústia, era diferente, era uma emoção inusitada, inédita.

A responsável pela ponte Madre Pelletier - Grupo Trilho foi Maynar, amiga, uruguaia, siamesa na forma e no signo. Maynar viu "A Decisão" pela primeira vez em temporada no Teatro de Câmara de Porto Alegre, à época gostou e comentou, Fábio gostou do comentário dela e então estavam apresentados ela e o grupo. Psicóloga estagiária sempre colocou suas teorias em prática e através dela eu já havia participado de oficina sobre Escrita no semi-aberto feminino. Na Madre conhecemos Simone, a vice-diretora com a qual projetamos a volta e Faltemara, psicóloga, futura mãe de Lorenzo, mais conhecida como FAL (Fuzil Automático Leve), não por milica e sim por perpicaz e certeira nas conotações. 


Ao despedir-me lhes disse que voltaríamos, mas que bruta eu, uma delas saltou:

 - Espero não estar mais quando voltarem. 

Ana Campo

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O Baú - Indicações ao Tibicuera

Nós do Grupo Trilho de Teatro Popular estamos muito felizes com as 5 indicações que recebemos ao prêmio Tibicuera de Teatro Infantil 2011 com o espetáculo "O Baú - Lembranças & Brincanças. São elas:

Melhor Atriz: Caroline Falero e Giovanna Zottis
Dramaturgia e Direção: Fábio Castilhos
E também recebemos a indicação à melhor espetáculo infantil de 2011.

O Baú - Lembranças e Brincanças
Foto: Bárbara Ferraz

Para saber todos os indicados aos prêmios Açorianos de Teatro e Dança, Tibicuera de Teatro Infantil e Prêmio Mais Revelação clique aqui.

sábado, 3 de dezembro de 2011

A Decisão no Madre Pelletier

Depois de um pouco mais de ano sem apresentar, o Grupo Trilho volta com "A Decisão - peça didática de Bertolt Brecht". Só que desta vez numa experiência inédita para nós, pois iremos levar a peça à Penitenciária Feminina Madre Pelletier, aqui em Porto Alegre. Será na segunda, dia 05/12, as 15 horas. 


A Decisão - Foto Ana Mendes
Foto: Ana Mendes


Estamos bastante ansiosos pela volta da peça e por essa experiência que com certeza será incrível! Quem quiser saber um pouco mais sobre esse espetáculo, acessa a página "Espetáculos" e confere lá. Abaixo também o link da crítica do Jorge Arias sobre a peça: http://grupotrilho.blogspot.com/2010/07/decisao-por-jorge-arias.html


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...