segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Fomos assaltados :(



Ontem (20.12) era um dia de fechamento de ano, de comemorações, com um público maravilhoso assistindo a nossa última apresentação do ano do espetáculo "Umbigo" no estacionamento da Usina do Gasômetro.

Mas, enquanto nos apresentávamos, nossa sala 503, que administramos no projeto Usina das Artes, estava sendo assaltada.

Parece roteiro de um filme o que vamos descrever. Gustavo Saul, da Cômica Cultural, estava 503 aguardando o elenco da apresentação do espetáculo "MAMIHLAPINATAPAI" que ia acontecer às 19 horas no espaço. O Gustavo precisou ir ao banheiro e quando saiu da sala, no corredor do quinto andar, foi rendido por um cara armado que disse para ele abrir a sala e ficar quieto. Enquanto isso, o assaltante fez a limpa em nossas mochilas, levou dinheiro e celulares. Gustavo ficou amarrado por meia hora até que apareceu uma das atrizes do elenco e o ajudou a se soltar.


Subimos e identificamos nossas perdas materiais. Não foram tantas comparadas à sensação de IMPOTÊNCIA. No meio disso tudo, não sei se antes ou depois, a Sala 502 foi arrombada. Com todo esse quadro de insegurança, optamos por cancelar a apresentação das 19 horas.

A Usina do Gasômetro é um Centro Cultural pulsante na cidade que está literalmente descuidado e desamparado. E nós, grupos integrantes do projeto, nos vemos em situações das mais variadas possíveis, interferindo em nossas atividades. Mas este fato nos leva a um limite extremo. Uma pessoa armada no quinto andar? Assalto? Arrombamento? Até quando vamos aguentar isso?

Na quinta-feira, 17/12, ocorreu na Usina do Gasômetro um evento referente à assinatura do projeto de reforma do espaço, pelo prefeito Fortunati no valor de R$ 417 milhões para a criação do projeto e de R$ 3 bilhões para a reforma. A Usina do Gasômetro precisa, sim, de reforma, mas antes de tudo precisa de SEGURANÇA. Atualmente temos 02 Guardas Municipais para cuidar de todo o prédio. Precisaríamos de 02 por andar, para trabalharmos com SEGURANÇA. E será que colocar mais guardas na Usina do Gasômetro teria um custo tão exorbitante quanto a reforma? Será que o prefeito Fortunati aprovaria esse valor para a segurança do espaço, assim como aprovou o valor exagerado do projeto e reforma do espaço?

Acreditamos que se houver comunicação e atitudes eficazes para os problemas diários da Usina, podemos criar um espaço um pouco mais "confortável" para todos trabalharmos, visitarmos e apreciarmos.

Não é o primeiro assalto, não é o primeiro arrombamento. Já tivemos até estuprador dentro da Usina. Esperamos que o ocorrido traga uma reflexão, que motive aos envolvidos e a população de Porto Alegre.

Pedimos no mínimo mais Guardas Municipais, pode ser Sr. prefeito Fortunati?

A Usina do Gasômetro é um espaço público, a Usina é nossa!

Hoje reivindicamos por mais segurança no espaço!

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