domingo, 7 de novembro de 2010

O Pão do Povo - Estação Ferrinho 47 anos

- Um táxi, com ar condicionado, por favor.

A galera do Trilho acostumada ao Fusca do Fabinho e às “pernas para que-te-quero” desta vez esnobou, é que era dia de coquetel e as pastinhas para os canapés ou canamão, como diz a Carmelina , nem o delicado mousse de maracujá poderiam saber do calor e suas bactérias.

No cardápio de atividades nada menos que um belo debate sobre teatro (teatro popular, não o culinário), cultura descentralizada, Ferrinho. Para isso estavam à mesa, como convidados, aquele que orientou o trabalho de Carol sobre teatro popular que resultou na peça “A Decisão”, o ator professor da UERGS, Carlos Mödinger, o coordenador de artes cênicas da Secretaria de Cultura de Porto Alegre Breno Ketzer um dos maiores entusiastas das atividades que desenvolvemos no local e Raul Carrion, deputado estadual reconhecido no âmbito cultural por empenhar-se nas causas justas e populares, lutador antigo pelo Ferrinho.

mesa

Mas não haveria mesa completa sem Seu Hélio, aquele que, aonde vai, leva o Ferrinho junto. Estava em casa, à vontade e emocionado para deleitar a todos com a história do lugar. Daniel conduziu a conversa de maneira equilibrada e aberta como é de seu feitio e já na primeira rodada, tivemos o privilégio de ouvir sobre políticas culturais, conceitos sobre o popular, o erudito , o entretenimento, suas repercussões sociais. Não é necessário comentar que o debate rendeu - e deixou todo mundo com fome...

coquetel

Os corredores do Ferrinho lotados denunciavam: ali estavam os quitutes. E todos deliciaram-se com comidinhas bem saudáveis e, em ode a Baco, o vinho. Seu Hélio e Dona Margarete abraçados ilustram melhor que qualquer comentário, o parabéns cantado a dezenas de vozes em homenagem aos 47 da entidade.

abraço


Depois de comer tudo e mais um pouco, teríamos continuado se não fôssemos pegos com os garfinhos na mão pelo batuque do grupo UPA, coral especialista em música popular brasileira, a torta do Glaudinei estava imperdível mas a batucada também. Leva a torta junto e vamos cair no samba!

coral 1

As quase vinte vozes dos músicos foram o auge de um dia festivo, politizado e bem servido. Como se fosse pouco o pessoal ainda ficou por ali para dar uma ensaiada, batucamos por mais duas horas e terminamos o dia cheios, de felicidade, esperança e fé na luta e no teatro (o popular, não o culinário...) 

Ana Campo
Colaboradora do Grupo Trilho

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