segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Inventando um lugar em que a tigresa possa mais que o leão...

Domingo é dia de praça lotada no bairro Humaitá, e em qualquer lugar, todo artista tem que ir aonde o povo está. A história da tigresa monólogo da Cia. Destemperados com atuação de Anderson Balhero, teria a missão de fechar a programação na última noite do aniversário  de 47 anos do Ferrinho. Para garantir o sucesso da divulgação soltamos a tigresa na praça e lá se foram os últimos panfletinhos.
Enquanto esperávamos o público e Anderson passava o texto, a conversa era descontraída e as caras de dever cumprido, neste caso nem dever, mas um objetivo, atingido. Mabel, a primeira a chegar para o espetáculo nos pegou tranqüil@s, comendo torta do dia anterior.

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Abstraindo o calor intenso o público chegou e entrou na história. Com nove meses de pesquisa e algumas apresentações na bagagem, Anderson contou a história de um soldado chinês que, ferido na Manchúria, é salvo graças ao convívio com uma tigresa e seu filhotinho desencadeando uma nova lógica de ação durante o conflito que vivenciava. Divertiu as crianças com seu domínio corporal e uma energia inesgotável. É um ator perpetuum mobile. Para os adultos, o conteúdo subversivo do texto de Dario Fo é que toca.  Convidad@s a rugir como tigrinhos os expectadores formaram um coro e tanto, mas quem roubou a cena foi Gi, que não negou o sol em leão e soltou seu lado felino.
Para não perder o bom costume, bate-papo e alguns canapés remanescentes do coquetel de sábado para fazer a reflexão da peça. Em meio às intervenções um tigrinho surge da plateia e vai em direção a Anderson, senta a seu lado como quem o acompanhou por toda a viagem, sedento e amigo.    

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Parabéns Ferrinho! Parabéns Grupo Trilho! Obrigada aos amigos.

Ana Campo
Colaboradora do Grupo Trilho

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