Relato sobre o processo de montagem do espetáculo O Homem Mais Sério do Mundo.
Estávamos os dois, narizes vermelhos e truques espalhados pelos bolsos do figurino, percorrendo os corredores brancos do hospital, quando avistamos um quarto, um menino e muitos tubos e fios. A presença dos palhaços detonou uma euforia, na verdade alegria, reprimida na criança pelas paredes quadradas de sua doença.
Estávamos os dois, narizes vermelhos e truques espalhados pelos bolsos do figurino, percorrendo os corredores brancos do hospital, quando avistamos um quarto, um menino e muitos tubos e fios. A presença dos palhaços detonou uma euforia, na verdade alegria, reprimida na criança pelas paredes quadradas de sua doença.
Melissa Dornelles e eu resolvemos praticar juntos o que ela já havia experimentado anos atrás e o que eu experimentava há poucos meses: a cura. Seja para o palhaço em cena, para quem acha graça, quem estranha ou quem entra na artimanha toda. Precisávamos conectar com essa necessidade de curar pela alegria, buscávamos poesia, tirá-la à força de todo e qualquer lugar...está em toda parte!
Foto: Tiago Fuster
Daí fomos para a sala de ensaio, lembrar da vivência hospitalar o que poderia render um bom caldo e o Mais Sério de todos os homens foi surgindo assim, bem espontâneo, todo meio autobiografia, dando a cara ao tapa em vários momentos. Começou como esquete, virou performance em livraria, apresentou processos em escola pública e espaços alternativos e coloriu festa das crianças em hospital.
Agora, mais maduro, casou-se novamente com o Trilho (pois quem vos fala estava lá no início da ideia de Grupo) na parceria ideal para discutir o social sob a ótica clownesca que a criança acessa sem dificuldades... e os adultos teimam em dizer que só estão ali para acompanhar.
Daniel Gustavo
Integrante do Trilho
Eu quero ver!!! Com certeza, conhecendo o trabalho de vocês: Daniel, Melissa, Trilho, só pode dar bom!
ResponderExcluirabraços, Rita Pereira Barboza