quarta-feira, 28 de setembro de 2011

8ª Conferência Municipal de Cultura


O Conselho Municipal de Cultura e a Secretaria Municipal de Cultura realizam, de 3 de outubro a 1º de novembro, a 8ª Conferência Municipal de Cultura. O evento bienal tem o apoio da Assembleia Legislativa, Procempa, DMAE, Secretaria Municipal de Governança Local, Carris, Fundacine e Fundação Cultural Piratini (TVE e FM Cultura), define o plano de cultura para a cidade e abre espaço para o debate de questões do setor. 

conferencia cultura


Neste ano, a Conferência Municipal de Cultura aborda quatro eixos: Cidadania, Desenvolvimento, Diversidade e Sustentabilidade. Além da conferência, está programada a Caminhada da Cultura, em 31 de outubro, saindo do Paço Municipal, às 16 horas, com a bateria dos Bambas da Orgia, performances do Ói Nóis Aqui Traveiz na Esquina Democrática e representantes de todos os segmentos da cultura, descendo a Borges de Medeiros e chegando no Centro Municipal de Cultura Lupicínio Rodrigues onde será aberta a 8ª Conferência Municipal. 

A pré-conferência referente ao teatro acontece na segunda dia 03 de outubro das 18h30 às 22h.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

"O Baú - Lembranças & Brincanças" Cartaz e novo Vídeo

Faltando duas semanas para a estreia do novo espetáculo do Trilho "O Baú - Lembranças & Brincanças", destinado ao público infantil, aliás o primeiro para esse público, lançamos um novo vídeo e também o cartaz.




Não esqueçam, de 08 de outubro a 13 de novembro, sábados e domingos na Sala Álvaro Moreyra (Érico Veríssimo, 307) as 16 horas.

A ficha técnica do espetáculo é composta por:

Dramaturgia e Direção: Fábio Castilhos
Elenco: Caroline Falero e Giovanna Zottis
Trilha Sonora: Sergio Baiano
Iluminação: Bruna Immich
Cenário: Anderson Balhero
Figurino: Caroline Falero e Giovanna Zottis

domingo, 18 de setembro de 2011

Olhares sobre o Baú - Fábio Castilhos


“O Senhor K. preferia a Cidade B à Cidade A. (...) Na cidade A as pessoas me diziam útil; mas na cidade B eu era necessário.” (Bertolt Brecht)

Partimos para a construção do espetáculo “O Baú – Lembranças & Brincanças” por necessidade. Necessidade de educadores que somos; de tentar compreender essas crianças que convivemos diariamente. Necessidade de trocar com as crianças que iam assistir as peças no Grêmio Esportivo e Cultural Ferrinho. Necessidade de montar um trabalho que pudéssemos levar adiante. Necessidade de se apaixonar por um processo, de se divertir, de brincar, de falar coisas importantes sobre a infância, a criança, sobre nós.

Fábio Castilhos


“De todas as coisas seguras, a mais segura é a dúvida” (Bertolt Brecht)

Desde junho de 2010 falávamos sobre montar algo para o público infantil. Em dezembro decidimos que o próximo trabalho seria infantil. Começamos nossas buscas. Fomos assistir filmes, ler livros, peças de teatro, tudo para este público. Em primeiro de fevereiro de 2011 começamos os ensaios, sem ter nada de referência. Improvisos, brincadeiras, começamos por aí. Já que não encontramos algo na obras destinadas as crianças, buscamos referências em materiais sobre a infância. Documentários como “Criança: A Alma do negócio” e “A invenção da infância” fizeram a gente refletir. Alguns livros da Fanny Abramovich como “Quem educa quem” e “O estranho mundo que se mostra as crianças” também mexeram com os nossos cérebros e corações. Redescobrimos a Mafalda do Quino, e de umas coisinhas daqui, outras dali, misturamos com lembranças da nossa infância. De toda essa misturança nasce um trabalho sobre a criança, a infância, para as crianças, mas também para os adultos recordarem, relembrarem de suas infâncias e refletir sobre a infância de hoje, para pensarmos como estamos cuidando, educando essa nova geração.        

sábado, 17 de setembro de 2011

Lembranças Dindim

O nosso novo trabalho, destinado ao público infantil, brinca com as lembranças, com as memórias das nossas infâncias, misturadas e conectadas com a história das duas personagens, Pimpolha e Dindim. 

Esse vídeo é para dar um gostinho com lembranças da Dindim ou será da Giovanna?

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Olhares sobre O Baú - Giovanna Zottis


O Trilho e as Crianças

Há quem diga que teatro infantil é uma arte menor. Não para nós do Grupo Trilho. Criar algo para essas “pessoinhas responsáveis pelo futuro” foi desafiador, pois nos colocamos na posição de formadores destes que serão o futuro.
            Todos no grupo somos professores de teatro. Nossa formação na UERGS nos fez atentar nossos olhares para essa troca valiosa que existe entre o fazer e o ensinar. A arte-educação nos possibilita acessar o imaginário dessas crianças ao tomar contato com o que há de mais legítimo na infância: o brincar (e a riqueza de informações que existem nessas brincadeiras).
            É justamente nesse contato que identificamos as proximidades e as distâncias entre nossas infâncias e a infância de hoje. E a frase “No meu tempo...” tem se enchido de sentido.
            Além disso, desde sempre, o Grupo Trilho conta com um público fiel de crianças freqüentadoras do Ferrinho. Lá no Humaitá, quando saímos de porta em porta divulgando as apresentações no Ferrinho são, na maioria das vezes, as crianças que convencem seus pais, tios, vizinhos, a irem assistir e assim levá-las até lá.
            Essa presença marcante das crianças na platéia nos fez muitas vezes falar sobre a montagem de um espetáculo infantil. Eis que o desejo tantas vezes alimentado ganha espaço nestes trilhos do grupo, e o que era fumaça gerada pelos trabalhos anteriores se torna mais um vagão deste trem.


Que Baú é esse?

            “As crianças de hoje são televisivas, midiáticas. Para chamar-lhes a atenção no teatro é preciso show de luzes, músicas animadas, muito movimento...” Algumas vezes ao sair de um espetáculo infantil saíamos com a certeza do que não queríamos fazer. Ou pela linguagem televisiva, ou pela forma como subestimam as crianças.
            Foram, até agora, 8 meses dedicados a uma pesquisa que nos exigiu arregalar os olhos para as crianças a nossa volta, e fechar os olhos para mergulhar em busca das nossas crianças. Dessa mistura nasceram as personagens Dindim e Pimpolha.
            Partimos do desejo de falar de uma infância utópica e ideal, e chegamos à necessidade de falar da infância de hoje, televisionada. De uma forma crítica, mas sem negar a referência, abordamos o assunto abrindo um espaço para a reflexão, afinal desde sempre existiram crianças, e como eram elas antes de serem assim? Como eram os jogos antigos? De que brincavam nossos pais e avós?
            Documentários como “Criança: a alma do negócio” e “A invenção da infância” mexeram com nossas cabeças.
            Da certeza concreta do que não queríamos, passamos a caminhar sobre uma dúvida movediça. Era sobre isso que queríamos falar: um espetáculo para criança e sobre a criança. Mas “o que?” e “como?” nos sacudiam constantemente. Em certo momento do processo chegamos a nos perguntar: Será que isso funciona para criança? Será que não está faltando “musica animada, show de luzes, e muito movimento”?
            Chamamos amigos para assistir a alguns ensaios, e esses ainda nos puseram mais dúvidas! Assim, seguimos experimentando. E foi somente no ensaio aberto que fizemos para os alunos da Carol, (mais sobre esse ensaio clique aqui) que soubemos que trilhávamos um caminho possível.
            E agora, a estréia se aproxima! Tcham tcham tcham tcham! Contamos com os amigos e colegas (artistas e professores) para essa nova empreitada do Trilho. Assistam, levem suas crianças, e assim podemos trocar idéias e alimentar esse debate.

Giovanna Zottis
Integrante do Grupo Trilho

domingo, 11 de setembro de 2011

Lembranças Pimpolha

O nosso novo trabalho, destinado ao público infantil, brinca com as lembranças, com as memórias das nossas infâncias, misturadas e conectadas com a história das duas personagens, Pimpolha e Dindim. 

Esse vídeo é para dar um gostinho com lembranças da Pimpolha ou será da Caroline?

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Olhares sobre O Baú - Caroline Falero


Não tem momento mais importante pra mim do que a infância, é nostálgico, tudo era simples, tudo era feliz e pra tudo se tinha solução. Nessa época eu ainda podia contar tanto com a minha mãe quanto com meu pai, falecido, o oposto do meueuagora em que amparo meus enteados, primos e alunos. A gente cresce e cai na vida real, tudo é assustador. Fazer teatro e poder montar um espetáculo infantil, traz esse gostinho novamente, dessa felicidade, dessa lógica de pensar mais ingênua e sincera, e esse momento refresca nosso mundo adulto sem graça, como se essa chama se acendesse novamente e influenciasse no modo de ser gente grande. Outro fator é que essa ideia de infância está sendo corrompida, a sociedade se relaciona de um jeito diferente com as crianças hoje e me pergunto até onde é saudável e que tipo de adulto essa relação vai gerar. Esse espetáculo nos possibilita a reflexão entre a nossa infância e a infância de hoje, quais as diferenças? Nós que somos professores, estamos lidando com situações variadas de deturpação da educação, da relação em família, da relação entre amigos, do descobrimento precoce das relações sexuais... Onde isso tudo vai parar? A discussão é palpável, tal como a necessidade de se tomar uma posição sobre isso.



Foi muito importante para o processo a definição do tema que íamos abordar, o Grupo Trilho de Teatro Popular propõe o questionamento e como fazê-lo num espetáculo infantil? permeava o incomodo da relação dos meios de comunicação com as crianças de hoje. Ao resgatar nossas  lembranças, o que era mais importante não era os programas ou os brinquedos e sim, as brincadeiras, a relação com os animais de estimação, os sonhos, os medos e o principal, os amigos. Por fim se tornou essencial ressaltar que mais do que um espetáculo que reforce o lado lúdico queríamos ressaltar a ludicidade natural da criança, lembrar aos pais o quão saudável é esse exercício e a importância de não deixá-los amadurecerem precocemente, respeitá-la em seu direito de ser criança sem preocupações adultas. Definido o tema era hora de afinar a improvisação para chegarmos ao nosso objetivo, não foi (é) fácil, voltar a ser criança e transgredir esse tem sido nosso maior desafio.


Caroline Falero
Integrante do Grupo Trilho
                                               

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...